71 AutoData | Junho 2025 Segundo confirma Cappelano os seis novos modelos, a serem lançados possivelmente no intervalo de 2026 a 2028, serão todos produzidos sobre uma nova plataforma, sendo um deles de uma das marcas do grupo que ainda não é fabricada em Goiana – atualmente a unidade faz cinco modelos de três marcas: os SUVs Jeep Renegade, Compass e Commander, e as picapes Fiat Toro e Ram Rampage. Como a Stellantis produz em Pernambuco modelos de sua plataforma média e Cappellano assegura que este seguirá sendo o foco da unidade, as apostas convergem para a introdução de mais um SUV médio, provavelmente o Peugeot 3008, que é produzido na Europa sobre a plataforma STLA Medium, a mesma sobre a qual também já é montada a nova geração do Jeep Compass. O Avenger, novo Jeep a ser produzido no Brasil, a partir de 2026, é montado sobre a plataforma compacta CMP e, emboba a fabricante ainda não confirme oficialmente, está escalado para a fábrica de Porto Real, RJ, onde os Citroën C3, Aircross e Basalt já são feitos usando a mesma arquitetura de base. “Alguns carros serão a nova geração de modelos com nomes já conhecidos, outros são novos nomes”, respondeu Cappellano ao ser perguntado se os produtos já conhecidos da Stellantis em Pernambuco seriam substituídos por uma nova geração dos mesmos modelos ou se eram novidaDivulgação/Stellantis des. Ele lembra, ainda, que o plano atual de investimento comtempla o lançamento de quarenta produtos no Brasil, sendo sete deles inéditos. ELETRIFICAÇÃO O executivo evitou divulgar pormenores técnicos desta nova geração de produtos, mas já havia dito que uma nova arquitetura será introduzida na linha de Goiana para assimilar tecnologias de propulsão elétrica. Isto, segundo o presidente da Stellantis América do Sul, pode ser feito com uma simbiose de plataformas, aproveitando a atual Small Wide com módulos da STLA Medium, por exemplo: “Nossa aposta é na flexibilidade de plataformas”. Cappellano garante que “o objetivo é produzir tudo com o máximo de nacionalização, porque reduz os custos e garante preços mais acessíveis aos clientes”. Neste sentido o plano é aproveitar as tecnologias que a Stellantis oferece no mundo “mas com grande participação da engenharia local”, que projetou a plataforma Bio-Hybrid apresentada há dois anos, misturando propulsão eletrificada em diversos níveis de hibridização com motores a combustão bicombustível etanol-gasolina. “Todos os novos modelos terão algum grau de eletrificação”, confirmou. “Teremos todas as possibilidade mas buscaremos o que tem mais potencial de demanda no Brasil. Apostamos que os híbridos leves [MHEV] e os HEV [híbridos tradicionais sem recarregamento externo] serão os mais vendidos até 2030, enquanto os elétricos puros [BEV] não devem representar mais do que 10% do mercado.” O executivo também afirmou que o primeiro híbrido a ser produzido em Goiana, em 2026, será um produto da atual geração já em produção na fábrica, e depois dele começa a renovação do portfólio. Pelo que já se sabe está adiantado o projeto de hibridização da picape Fiat Toro com sistema leve de 48 V. Mas Cappellano não confirma, nem nega, nenhuma das possibilidade, diz que tudo será “informado mais adiante”.
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