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79 AutoData | Junho 2025 Wei Haigang: promessa de produção da GAC em CKD no Brasil no fim de 2026. A velocidade dos fatos atropelou o melhor entendimento do que, de fato, a GAC pretende fazer no Brasil. Em 12 de maio a empresa anunciou o investimento diretamente ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua visita à China, informando a pretensão de produzir veículos elétricos, híbridos e híbridos flex em Goiás, além de instalar um centro de pesquisa e desenvolvimento na Região Nordeste. Na ocasião o presidente da GAC Internacional, Wei Haigang, classificou o Brasil como mercado prioritário para a empresa: “Nosso objetivo é atuar como um catalisador para o avanço tecnológico no gigante da América Latina”. Menos de um ano antes, em julho de 2024, Feng Xingya, presidente da GAC, anunciaro plano similar a Geraldo Alckmin, durante visita à China do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, mas de valor pouco menor: US$ 1 bilhão. PRODUÇÃO PREVISTA PARA 2026 Em conversa com a Agência AutoData e com a revista AutoEsporte durante o evento de lançamento da operação comercial no mercado brasileiro o mesmo Haigang que apresentou o projeto da GAC a Lula, na China, disse que a intenção é iniciar a montagem de veículos no País no fim do ano que vem: “Produziremos no quarto trimestre de 2026. O Brasil é um mercado grande, então será uma operação diferente da que temos em países como Malásia e Nigéria”. Questionado se o modelo de produção seria a montagem de kits SKD, de veículos semimontados, como acontece nos dois países citados, o executivo negou: “Será muito maior. Ainda estamos pesquisando, mas não seria uma má ideia ter uma parceria local”. Contudo, no evento, nenhum dos executivos da empresa quis falar abertamente sobre o local escolhido para instalar a linha de produção. Alex Zhou, presidente da GAC do Brasil, nada disse sobre onde se pretende instalar a operação, não descartou parcerias nem as confirmou, informou que todas a possibilidades estão sobre a mesa: “Nosso objetivo é encontrar a melhor solução. Estamos avaliando diferentes projetos, porque o Brasil tem complexidade com impostos e legislação. Esperamos ter as respostas em breve, porque queremos começar a produzir no ano que vem”.

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