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101 AutoData | Julho 2025 presente em outros carros da Nissan só nos bancos dianteiros. As espumas dotadas desta tecnologia ajudam a distribuir o peso e a pressão dos corpos dos ocupantes e contribuem para redução da fadiga, de acordo com a empresa. Estão espalhados dezenove porta- -objetos, como porta-copos nas portas e no console central grande, que acomoda garrafas de até 1 litro, no apoio de braços e um retrátil no banco traseiro. O porta-malas de 470 litros tem uma placa móvel que permite otimizar a distribuição da bagagem com espaço extra, que alinha o assoalho com a base do carro, evitando degraus e acomodando melhor as malas. O Kicks oferece duas opções de painel: nas versões topo, Exclusive e Platinum, são duas telas de 12,3 polegadas que unem o painel de instrumentos ao sistema de infoentretenimento, que pode ser sincronizado com o smartphone via Apple CarPlay e Android Auto sem fio. Nas opções de entrada, Sense e Advance, o painel de instrumentos tem 7 polegadas. A versão topo de linha tem ainda o sistema de som Bose Personal Plus, que espalha dez alto falantes pelo carro, alguns deles instalados nos apoios de cabeça dos bancos do motorista e passageiro. POWERTRAIN Com tanta tecnologia embutida, seja de segurança, conforto e multimídia, o motor deu a sensação de que foi pouco. Desenvolvido pela Horse e usado também no Renault Kardian, embora com algumas diferenças de calibração e a montagem feita em Resende em vez de São José dos Pinhais, o 1.0 turboflex de três cilindros e doze válvulas com injeção direta alcança 125 cv com etanol e 120 cv com gasolina, a 5 mil rpm, gerando 22,4 kgfm de torque a 2,5 mil rpm com etanol e 20,4 kgfm a 2 mil rpm com gasolina. Foi o único ponto negativo do test drive feito pela reportagem por mais de 100 quilômetros em estradas do Interior paulista: embora seja econômico – faz 8,3 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada com etanol e 11,7 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada com gasolina, segundo a Nissan – a sensação é de que demora a dar força nas retomadas de aceleração, o que gera mais cautela na hora de fazer ultrapassagens. Aliada ao motor está a transmissão de dupla embreagem DCT banhada a óleo, de novo igual ao do Renault Kardian paranaense: mas a Nissan fez questão de comparar com outro modelo seu, o icônico GT-R, que faz uso do mesmo sistema. Mas o que chama a atenção foi a forma que a Nissan adotou para a seleção da transmissão: são os botões e-shifters, instalados no console central. As mudanças são feitas com toques nos botões D, R, N e P. É possível também trocar as marchas manualmente pelas aletas atrás do volante, em todas as versões. A impressão ao dirigir o Nissan Kicks foi de ser um carro de porte grande, seguro, muito silencioso a bordo – a companhia investiu em materiais para evitar a transmissão de ruídos e vibrações ao interior – e a sensação é de que o carro trafega em velocidade inferior à de que mostra o velocímetro. Trata-se de um outro carro, de porte superior ao Kicks que os brasileiros conhecem, com muito mais tecnologia e itens de conforto e segurança e, por isto, foi posicionado com preços mais altos. Talvez a herança do nome seja um ponto negativo, pois na cabeça do consumidor o Kicks é um carro mais simples e com preços menores.

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