126 » FIM DE PAPO Julho 2025 | AutoData 2,6% 15,6% 110 mil 300 mil Crescimento das vendas de veículos nacionais no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024. Nos seis meses do ano foram emplacados 970,6 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus produzidos no Brasil. Crescimento das vendas de veículos importados no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024. Dos 228,5 mil emplacamentos de janeiro a junho, quase 71 mil foram de carros chineses, com vendas em expansão de 37,2%. Estoque calculado pela Anfavea de veículos chineses elétricos e híbridos na virada do primeiro para o segundo semestre. As empresas anteciparam as importações para evitar o aumento da tarifa, elevada em julho de 18% a 28% para 20% a 30%. Número de pedidos recebidos pela gigante chinesa Xiaomi uma hora após a abertura das vendas do seu novo SUV elétrico YU7, na noite de 26 de junho. O modelo é vendido pelo equivalente a US$ 35,6 mil, 4% mais barato do que o Tesla Y. “A velha indústria está incomodada. Não viemos aqui só para fazer montagem de veículos: teremos produção nacional, desenvolvimento de tecnologia e de cadeia produtiva.” Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD do Brasil, em 1º de julho, durante apresentação da linha de montagem de veículos semidesmontados em kits SKD, em Camaçari, BA. Ele se referia às empresas associadas da Anfavea, que produzem veículos no Brasil e são contra a concessão de benefícios a carros importados em SKD. “O setor automotivo nacional é inovador, traz tecnologia ao País, por isto não creio que este comentário [de Baldy] tenha sido direcionado à Anfavea e suas associadas. Mas se qualquer nova indústria, que assim se identifique, for a indústria do SKD e do CKD, com baixa sofisticação e baixa geração de emprego, então eu prefiro, para o bem do País, ser uma indústria tradicional, que gera inovação, tem preocupação social e traz investimentos.” Igor Calvet, presidente executivo da Anfavea, durante divulgação à imprensa dos resultados da indústria, em 7 de julho, quando foi instado a comentar a declaração de Alexandre Baldy. “As forças desindustrializantes não prevalecerão no País. Reduzir a alíquota [de importação] para CKD e SKD é perpetuar baixa geração de emprego e baixa sofisticação tecnológica. Esta é a razão de nós, Anfavea, defendermos a não aceitação de um pleito como este.” Igor Calvet, presidente executivo da Anfavea, na mesma data, ao responder se a possível redução do imposto de importação, para montagem de veículos no País com partes importadas, ameaça os investimentos já anunciados por fabricantes instalados no País. “Os mais de R$ 130 bilhões em investimentos anunciados pela indústria estão em risco com os carros chineses chegando tão facilmente. Eles têm custo muito inferior ao nosso, mesmo com [os atuais] 25% de imposto de importação [sobre carros elétricos] compensa trazer de lá. Meu sonho é poder produzir esses veículos aqui. Mas precisamos resolver a equação.” Santiago Chamorro, presidente da General Motors América do Sul, falando a jornalistas no início de julho, ao justificar a importação de carros elétricos da China que a empresa começa a trazer ao Brasil.
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