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24 Julho 2025 | AutoData EVENTO AUTODATA » REVISÃO DAS PERSPECTIVAS 2025 apontou que as vendas diretas têm sido fundamentais para fomentar o mercado interno, pois o benefício fiscal deste tipo de negócio tem impacto importante também sobre as concessionárias. O dirigente esclareceu que o faturamento direto de vendas às locadoras responde apenas por 30,5% dos negócios, sendo o restante direcionado a frotas e outros CNPJs, como produtores rurais, e PCDs. A expectativa de Murilo Briganti, COO da Bright Consulting, é de que a participação das vendas diretas no mercado brasileiro de veículos leves, hoje de 47%, chegue a 49% em 2030. Ele destacou, ainda, a expansão da modalidade de veículos por assinatura, que já representa 23% de todas as vendas diretas. Para o mercado total de veículos leves o consultor considera que o número chegue a 2 milhões 596 mil unidades o que, se for concretizado, determina alta de 4,7% sobre 2024, puxado por incremento de 8% das vendas diretas, enquanto o varejo avançará apenas 2%. Neste cenário Briganti acredita que somente em 2030 o mercado alcançará 3,1 milhões de unidades. Briganti acredita também que os SUVs, que estão altos no gosto dos brasileiros, continuarão dominando as vendas como os modelos mais demandados pelos consumidores nos próximos anos. A participação deles deverá subir ainda mais, dos atuais 44,2% em 2025 para 53,2% em 2030. Por causa desta tendência de procura maior por carros mais caros, para o consultor, os preços deverão continuar subindo. SEGUNDO SEMESTRE RETRAÍDO O contexto marcado por dificuldades econômicas, instabilidade política e conflitos globais deverá desacelerar as vendas até o fim do ano, assinalou Frederico Battaglia, vice-presidente da Stellantis responsável pelas marcas Fiat e Abarth na América do Sul. O executivo, que está à frente da líder de mercado, com alto volume e portfólio diverso, relatou que o primeiro trimestre do ano foi positivo para a Fiat, com o crescimento alinhado às expectativas. O segundo trimestre, contudo, já mostrou menor ritmo de crescimento. No caso dos híbridos e elétricos, embora o Brasil viva momento de expansão, com projeção de alta de 20% nas vendas deste ano, o porcentual já foi mais vigoroso. Na avaliação de Ricardo Bastos, presidente da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, o aumento torna-se mais sustentável à medida que os clientes ficam mais familiarizados com a tecnologia e os benefícios dos veículos eletrificados: “A demanda não é mais movida apenas pela curiosidade mas também pela escolha consciente dos consumidores”. Quanto ao mercado premium, que representa fatia de 2% das vendas totais no Brasil, há a projeção de encerrar o ano com 54,6 mil unidades, alta de 5%, de acordo com Nancy Serapião, chefe da Lexus BraRoger Corassa, da Volkswagen Marcos Bento, da Abraciclo

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