25 AutoData | Julho 2025 sil, marca de luxo da Toyota. Ela contou que as vendas do segmento avançaram 13% nos cinco primeiros meses do ano, com a Lexus crescendo um pouco mais. A marca, que desde 2020 aposta na eletrificação total de seu portfólio, pretende ser “vitrine de novas tecnologias”, alinhando-se às tendências do mercado e às expectativas dos consumidores. EXPORTAÇÃO SALVA PRODUÇÃO A Anfavea, que reúne os fabricantes de veículos no País, ainda não revisou suas projeções, o que deverá ser feito em agosto. Até o momento a projeção da entidade é que o mercado de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus some 2,8 milhões de unidades em 2025, em expansão de 6,3% sobre 2024. Mas, conforme Gustavo Bonini, vice- -presidente da entidade, o bom desempenho das exportações alivia parte da preocupação do setor com os juros altos. A expectativa é que sejam embarcadas este ano 430 mil unidades, embora o ritmo atual já autorize a revisão para cima deste volumr, calculado em janeiro. Por causa deste fator a Anfavea ainda mantém sua expectativa de incremento de 8%, prevendo produzir pouco mais de 2,7 milhões de veículos este ano. ARGENTINA Bonini ressaltou, porém, um ponto de atenção: “Só a Argentina está crescendo, e todos os mercados da América Latina continuam a receber produtos que não são produzidos no Brasil, principalmente chineses”. A preocupação foi confirmada pelo economista Dante Sica, ex-ministro da Indústria da Argentina e diretor da consultoria Abeceb, ao ratificar que seu país também tem sido alvo dos asiáticos nos últimos meses. A cada cem carros adquiridos na Argentina, setenta são importados e trinta produzidos localmente. Embora o Brasil continue sendo a principal fonte de importações começa a perder participação, principalmente para marcas asiáticas. Sica chamou atenção ao fato de que a participação de veículos produzidos na China cresceu 233,8% no acumulado de janeiro a maio, com 11,2 mil unidades vendidas e 6% do mercado argentino, ao passo de que os brasileiros ampliaram presença em 150%, para 145,4 mil veículos, detentores de fatia de 82%. Sica complementou que, por um lado, tem havido forte recuperação por parte da demanda no setor automotivo mas, por outro, tem sido visto processo de transformação também na oferta: “A abertura da concorrência está dando espaço a novos jogadores. A Argentina tinha oferta muito limitada e antiga, era um mercado desabastecido”. Tanto é que no início do ano estimava- -se que o mercado pudesse chegar a 550 mil unidades, ao passo que no ano passaMurilo Briganti, da Bright Consulting Ricardo Alouche, da Volkswagen Caminhões e Ônibus
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