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40 Julho 2025 | AutoData pelo governo de Getúlio Vargas em 1941, mas com produção iniciada em Volta Redonda, RJ, somente em 1946. Com a cadeia produtiva em evolução ao fim dos anos 1940 as três montadoras estrangeiras instaladas no País começaram a aumentar a nacionalização dos veículos. Em 1948 a GM já produzia carrocerias metálicas de ônibus 100% nacionalizadas, com aço, vidros, estofados, borrachas, iluminação e material elétrico comprados no Brasil. Durante a Segunda Guerra a Ford montou fábricas próprias de baterias, molas e carrocerias metálicas para atender às suas necessidades. Em 1948 seus veículos já tinham cerca de 1,2 mil componentes nacionais, produzidos pela própria Ford e por uma centena de fornecedores. No pós-guerra também surgiram os primeiros grandes fabricantes nacionais, que produziam veículos sob licença de empresas estrangeiras. Um destes primeiros empreendimentos foi a Vemag, que em 1945 tinha fábrica no bairro do Ipiranga, em São Paulo, que montava automóveis e caminhões da Studebaker e, em 1953, passou a montar também caminhões Scania e tratores Massey-Ferguson, antes que as duas decidissem se instalar no Brasil. No mesmo ano, em São Bernardo do Campo, surgia a Brasmotor, que começou em 1945 montando caminhões e automóveis de marcas do Grupo Chrysler. A empresa também foi a primeira a montar sob licença carros da Volkswagen no Brasil, de 1951 a 1953. A partir de 1957, quando foram proibidas as importações de veículos desmontados SKD, a empresa deixou o ramo automotivo para se dedicar ao seu negócio mais conhecido: a fabricação de máquinas de lavar e outros eletrodomésticos da marca Brastemp. Em 1948 o Estado brasileiro colocou o pé na indústria automotiva com a decisão de produzir caminhões na FNM, a Fábrica Nacional de Motores, fundada em 1942 originalmente para produzir motores para aviões, negócio que perdeu força no pós-guerra. Em 1949 o governo fechou acordo com a Isotta Fraschini para fabricar em Xerém, RJ, os primeiros caminhões pesados a diesel do País. Com a falência da empresa italiana, no ano seguinte, foi fechado novo acordo, desta vez com a também italiana e estatal Alfa Romeo. LIMIAR DA INDUSTRIALIZAÇÃO De 1945 a 1952 o Brasil gastou mais importando veículos e produtos automotivos do que com a importação de petróleo e derivados ou trigo. O País estava se motorizando rapidamente e a falta da industrialização completa do setor abriu um rombo na balança comercial que o segundo governo de Getúlio Vargas começou a combater. Primeiro, em 1952, foi limitada a importação de peças de reposição já produzidas localmente. Em abril de 1953 foi proibido importar carros inteiros, o que induziu a instalação de linhas de montagem de novas empresas, como Volkswagen, Mercedes-Benz e Willys-Overland, todas as três com sócios brasileiros. VEMAG: montagem de caminhões Scania nos anos 1950 INTERNATIONAL: caminhões nos anos 1950 ESPECIAL 100 MILHÕES » A PRÉ-HISTÓRIA [1904-1956 » 550 MIL]

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