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Julho 2025 | AutoData 50 zesseis maiores, fechada por Israel com 2 mil veículos produzidos. Com a queda nas vendas, após o golpe militar de 1964, houve uma tentativa de popularização do automóvel no País, com o lançamento de um programa de carros populares financiados pela Caixa Econômica Federal com juros baixos. Eram versões espartanas de alguns modelos, que por sua rusticidade ganharam apelidos como Fusca Pé-de-Boi, Willys Gordini Teimoso, Simca Profissional e DKW Pracinha. Não deu certo, pois foram poucos os que aceitaram comprar veículos tão despojados. CONSOLIDAÇÃO Os anos 1960 testemunharam um intenso movimento de consolidação do setor, com a chegada de novos fabricantes, novos produtos, aquisições e encerramento de negócios no País. Em 1957 a Scania inaugurou fábrica de motores própria, no Ipiranga, em São Paulo, e em 1959 assumiu a produção completa de seus veículos no País, até então feita pela Vemag. Só em 1962 a fabricante sueca inaugurou a planta de São Bernardo do Campo, onde opera até hoje. Foi neste mesmo ano que mais um fabricante adensou ainda mais o já bem ocupado polo produtivo do ABC: a Toyota, que desde 1960 montava em um galpão no Ipiranga seu utilitário Land Cruiser – anos depois renomeado Bandeirante –, em 1962 inaugurou em São Bernardo sua primeira fábrica fora do Japão, após quase perder os prazos e benefícios acertados com o GEIA. Em 1962 também a Karmann-Ghia abriu sua fábrica em São Bernardo: apesar da ligação umbilical com a Volkswagen, que considerava como seus os bonitos cupês montados sobre chassis e motor da marca alemã, a empresa tinha operação e investimentos independentes. O biênio 1967-1968 foi particularmente agitado para o setor. O Grupo Chrysler entrou no Brasil por meio da compra da Simca: a partir de 1967 tomou posse da fábrica de São Bernardo e prosseguiu com a produção de carros da marca francesa até 1969, quando passou a produzir os seus Dodge Dart e Charger no local. A International, terceira montadora estrangeira a se instalar no País, decidiu sair em 1968 e vendeu sua fábrica de Santo André, SP, à Chrysler, que no mesmo ano lançou seus caminhões Dodge no País. A Volkswagen, que em 1965 comprou a Auto Union – dona das marcas DKW e Audi –, em 1967 absorveu a fábrica da DKW-Vemag em São Paulo, no Ipiranga, e fechou a linha de carros, para instalar no local um depósito de peças e sua enWILLYS-OVERLAND: linha de montagem... ...já com vários modelos nos anos 1960 FNM: primeiro carro, o JK, juntou-se em 1960... ...à linha de caminhões Alfa-Romeo... ...com produção na planta de Xerém Reprodução Internet/Lexicar Reprodução Internet/Lexicar ESPECIAL 100 MILHÕES » A NACIONALIZAÇÃO [1957-1989 » 20,1 MILHÕES]

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