AutoData | Julho 2025 51 genharia experimental, responsável por projetar ali o primeiro Volkswagen brasileiro, o Sedan 1600, apelidado Zé do Caixão. Além do Fusca e da Kombi em 1968 a empresa já tinha acrescido outros três carros ao portfólio nacional: além do 1600, a perua Variant e o cupê TL. A Willys-Overland, que foi o maior fabricante de veículos da América Latina até 1962 – ano em que foi ultrapassada pela Volkswagen –, tinha um denso portfólio de produtos altamente nacionalizados com Jeep, Rural, Aero-Willys, Dauphine e Gordini, todos produzidos na fábrica do Taboão, em São Bernardo. No entanto era pouco lucrativa e tinha nenhuma atenção da matriz, nos Estados Unidos, que em 1967 decidiu vender à Ford o negócio no Brasil. O novo proprietário, que naquele mesmo ano havia começado a produzir, na fábrica do Ipiranga, o seu primeiro automóvel no País, o enorme Galaxie, só manteve em produção a linha 4x4 da Willys, o Jeep e a Rural, fabricados por mais alguns anos. A Ford herdou e finalizou o projeto do que seria seu segundo carro no Brasil, o compacto Corcel, lançado em 1968 com motor projetado pela Renault – que anos antes fizera investimento na Willys para produção do Dauphine. Com a aquisição a Ford também herdou a fundição de Taubaté, SP, onde mais tarde instalou sua fábrica de motores e transmissões. Ainda em 1968 o governo brasileiro vendeu a deficitária FNM para a também estatal italiana Alfa Romeo, por preço camarada e transferência de benefícios. A fábrica de Xerém, RJ, já produzia, desde 1948, caminhões Alfa Romeo e, em 1960, lançou o sedã FNM-2000, que ficou conhecido como JK. Também em 1968 foi a vez da GM lançar seu primeiro automóvel no Brasil, o icônico Chevrolet Opala. Assim, ao lado de Ford e Chrysler, os anos 1960 terminaram com As Três Grandes de Detroit produzindo amplo portfólio de caminhões e automóveis no Brasil. ACELERAÇÃO NOS ANOS 1970 Após acumular, em 1969, o segundo milhão de veículos produzidos, a indústria entrou acelerada nos anos 1970, superando pela primeira vez a marca de meio milhão de unidades fabricadas já em 1971, número que subiu rápido para 622 mil em 1972, garantindo mais de 80,4 mil empregos, faturamento líquido de US$ 7,9 bilhões, US$ 61,8 bilhões a valor presente, e compras de fornecedores de US$ 1,8 bilhão, US$ 14 bilhões hoje. O mercado brasileiro ficou ainda mais protegido com a proibição total de importação de veículos a partir de 1976, com o governo sem reservas internacionais, esvaídas pelas compras de petróleo cada vez mais caro. Os fabricantes alcançaram o primeiro 1 milhão de veículos fabricados em um só ano em 1978, quando o faturamento do setor atingiu o recorde, até então, de US$ 13 bilhões, US$ 66,8 bilhões hoje. Os volumes foram parecidos nos dois anos seguintes, pouco mais de 1,1 milhão por ano, terminando a década com acumulado de 11,7 milhões de unidades produzidas FORD: do caminhão nacional de 1957 a... ...1968 com Corcel em São Bernardo e o... ...Galaxie na fábrica do Ipiranga Reprodução Internet/Lexicar
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