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6 LENTES Julho 2025 | AutoData Por Vicente Alessi, filho Sugestões, críticas, comentários, ofensas e assemelhados para esta coluna podem ser dirigidos para o e-mail vi@autodata.com.br SABIA? Fala-se nas distorções do sistema tributário adotado para os brasileiros mas nem sempre os exemplos simples estão, assim, à mão. Descobri alguns. Nos países desenvolvidos a carga tributária ronda os 35% do PIB mas, aqui, é de 32,3%. E quem mais paga é aquela parcela da população identificada como pobre e classe média pois o consumo é largamente mais tributado do que nos países desenvolvidos – isto pesa! Na média de outros países o imposto de renda sobre as pessoas físicas arrecada coisa de 9% do PIB contra não mais do que 3% aqui, onde quem mais recolhe são pobres e classe média. E os tributos sobre o patrimônio?: 2,4% do PIB em países considerados ricos e 1,5% aqui. Mais: quem é assalariado cá na terra recolhe até 27,5% de imposto de renda, e quem recebe até R$ 70 mil por mês com lucros e dividendos paga menos de 10%. DEVERIA SER ÓBVIO MAS NÃO É Não se enganem: o fundamental no texto do presidente estadunidense para o presidente Lula recebe o plácido nome de extorsão, e sobretaxas e sansões são apenas o argumento do momento que substituem o velho e habitual convencimento por meio do big stick. O presidente de lá quer, apenas, salvar o amiguinho de pena de prisão e, quem sabe, torná-lo candidato na marra. E usa de vontade imperial para tentar chegar ao objetivo. No contexto está além das óbvias farsa e tragédia. VI PESSOALMENTE Alguns dirigentes de empresas associadas à Anfavea sempre foram muito enfáticos a respeito, outros, principalmente de origem europeia, nem tanto, prezando um pouco mais o estado de bem estar social. A verdade é que seu discurso sempre defendeu a livre iniciativa, privatizações e um Estado mínimo. E vi, pessoalmente, uma delas literalmente ir pro vinagre, mendigar o Capítulo 11 e solicitar bufunfa do Estado para tentar escapar daquela situação vexatória. Deveria, acho, ter servido de lição para todos. Pois a história pode, sim, se repetir. TAMBÉM ACOMPANHEI, PESSOALMENTE A operação da BYD por aqui chama muito a atenção pela sua disposição e me faz lembrar circunstâncias que, também, acompanhei de perto. Principalmente na forma da reação de quase todo o exército de executivos da indústria de veículos, de autopeças, da distribuição diante da desenvoltura de dirigentes de uma certa associada da Anfavea ao obter vantagens concorrenciais durante um certo governo que durou pouco. O histórico do caso BYD é apenas assemelhado, desconhece-se os conteúdos, mas a forma lembra aquela de tantos anos atrás. Tomara que seja apenas fantasia na mente de quem viu de tudo. Reprodução Internet

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