Julho 2025 | AutoData 60 estratégia global das marcas. Agora é preciso obter uma economia de escala em nível mundial”. Formalmente dissolvida em dezembro de 1995 a transição até a separação definitiva se estendeu até 1996. BOOM DAS IMPORTAÇÕES O mercado automotivo brasileiro seguia em ebulição. A liberalização comercial com a redução do imposto de importação – que já tinha caído a 40% em 1993, desceu a 35% em 1994 e em setembro do mesmo ano chegou ao piso nunca mais repetido de apenas 20% –trouxe ao País uma safra de veículos de porte médio e grande, modelos luxuosos e picapes, que influenciaram a segunda onda desta década, que foi a chegada das newcomers. Os japoneses dominaram este mercado com os Toyota Corolla e Hilux, os Honda Civic e Accord, os Mitsubishi Eclipse e Pajero e até os Nissan Pathfinder e Sentra. Teve também a chegada da BMW com seu Série 3, o Audi A4, um grande sucesso, Alfa Romeo 155, 156 e 164, e muitos outros. Desta forma as vendas dos importados médios e grandes passaram de 33 mil unidades em 1993 para 131 mil no ano seguinte, estrangulando as vendas de similares nacionais. Em 1994, com o IPI ainda em 0,1%, os modelos populares representaram quase 40% do mercado. No ano seguinte, mais uma reviravolta afetou a previsibilidade do mercado. A explosão de compras de veículos importados estava exaurindo as já frágeis reservas internacionais do País à época e novamente a indústria recorreu ao socorro do governo, repetindo a chantagem de cortes em postos de trabalho. A tarifa de importação foi reajustada de 20% para 32% em fevereiro de 1995, mas um mês depois o mercado de importados foi praticamente paralisado com a elevação da alíquota, em março, para 70%. Mas já era tarde, o consumidor brasileiro havia recuperado, em parte, seu poder de compra com o Plano Real e as vendas de importados, em 1995, alcançou o recorde de 364 mil 748 automóveis e comerciais leves. A elevação do imposto só começou a fazer efeito no ano seguinte, mas ainda assim superou as 200 mil unidades. Nem mesmo outra decisão controversa, a de elevar de 0,1% para 8% o IPI dos carros populares, em 1995, conteve o aumento das vendas destes modelos 1.0, que somaram 602 mil unidades emplacadas e representaram 42,5% do mercado doméstico. No período de 1991 a 1996 a indústria cresceu à taxa de 7,6% ao ano, com os mesmos onze fabricantes de veículos que terminaram a década anterior, mas com planos de produzir veículos globais – alguns deles já em produção, como o Chevrolet Corsa, lançado em 1994. Neste mesmo período a cadeia do setor automotivo cresceu 81%, ficando atrás apenas do setor de material elétrico e de comunicações, duas áreas que também se beneficiaram da abertura promovida pelo Plano Brasil Novo. O País estava pronto para o que estava por vir: a globalização e uma nova onda de investimentos, com a chegada de novos fabricantes de veículos e autopartes, que seguiu após a metade dos anos 1990. IMPORTADOS Após anos de proibição a abertura das importações, em 1990, e redução do imposto, em 1994, trouxe ao País automóveis como BMW Série 3, Alfa Romeo 155 e Mitsubishi Pajero Divulgação/Mitisubishi Divulgação/Alfa Romeo Divulgação/BMW ESPECIAL 100 MILHÕES » A ABERTURA [1990 - 1995 » 7,5 MILHÕES]
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