Julho 2025 | AutoData 68 ano seguinte –, que o consórcio modular seria tão importante quanto a máquina a vapor e a linha de montagem: “Quem não seguir este modelo não terá com o que se preocupar, pois simplesmente desaparecerá”. Além de produzir caminhões e ônibus em consórcio com seus parceiros a indústria automotiva nacional também apresentou outras formas originais de produção, como os próprios condomínios de sistemistas nas fábricas da Ford e da GM. Até mesmo compartilhar a linha de montagem de modelos mais complexos, como foi o caso da VW/Audi no Paraná com seus hatches médios Golf e A3, foi uma experiência absolutamente nova. Este novo cenário automotivo trouxe uma safra completamente nova de modelos nacionais, incluindo hatches e suas versões sedã, perua e picape como Fiat Palio/Siena/Weekend/Strada, Chevrolet Corsa/Corsa Sedã/Corsa Wagon/Montana e Celta, Ford Fiesta/Courier e Ka, a segunda geração dos Volkswagen Gol/ Parati/Saveiro e os já mencionados Golf nacional e Audi A3, Peugeot 206 e Citroën C3, Renault Clio, os estreantes monovolumes Renault Scénic e Mercedes-Benz Classe A e os sedãs médios japoneses nacionalizados Honda Civic e Toyota Corolla, além das picapes médias Chevrolet S10, Mitsubishi L200, Nissan Frontier e a breve aventura da Chrysler produzindo a brutal Dodge Dakota no Paraná. CRISES NO MEIO DO CAMINHO Do Regime Automotivo à conclusão da maioria dos investimentos que moldaram a indústria automotiva nacional nos anos 2000 picos e vales se colocaram na jornada. E o primeiro penhasco foi avistado justamente no ano do pico de produção, em 1997, quando pela primeira vez mais de 2 milhões de veículos prontos ou em kits CKD para exportação saíram das linhas de produção nacionais. Só os automóveis vendidos no mercado chegaram a mais de 1,6 milhão de unidades e, mesmo com o IPI a 13%, foram licenciados 880 mil populares com motor 1.0. Pela primeira vez foram exportados pouco mais de 416 mil veículos, 100 mil a mais do que no ano anterior. O balde de água fria, ou o profundo vale depois da curva, veio logo em seguida com os reflexos da crise asiática de 1997 e a crise da Rússia em 1998, fomentando ataques especulativos financeiros que causaram fuga de capitais, crises cambiais, recessão e aumento da vulnerabilidade dos mercados emergentes. Estas crises tiveram fortes impactos no Brasil e causaram a primeira grande desvalorização do real, combinada com ameaça de volta da inflação e recessão econômica. Por tudo isto a produção e as vendas internas tiveram fortes retrações justamente em um momento em que já se ventilava o avanço da indústria brasileira para 3 milhões de unidades antes da virada do milênio. Em 1998 a produção caiu ESPECIAL 100 MILHÕES » O NOVO SALTO [1996-2010 » 34,4 MILHÕES] Investimentos de mais de US$ 20 bilhões trouxe plataforma modular para o País e as fábricas passaram a utilizar cada vez mais robôs na produção de veículos Veículo mais vendido no mundo até hoje, Toyota Corolla começa a ser produzido no Brasil em 1998 Divulgação/GM Divulgação/Toyota
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