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Julho 2025 | AutoData 76 2010, construiu uma nova fábrica em Iracemápolis, SP, inaugurada em 2016 e fechada em 2020. Outra fabricante premium que cedeu à pressão do governo para produção local foi a Jaguar Land Rover, que instalou linha de montagem em Itatiaia, RJ, em 2016. A Chery – uma das muitas marcas da China que tentaram a sorte no Brasil nos anos 2000 e foram atingidas em cheio pela sobretaxação do Inovar-Auto – foi a única fabricante chinesa que, naquela época, levou até o fim o plano de instalar fábrica no Brasil: inaugurou a sua em Jacareí, SP, em 2014. Mas o empreendimento nunca decolou. Em 2017 a empresa adotou sociedade comercial e produtiva com o Grupo Caoa, que passou a produzir SUVs da chinesa em sua planta de Anápolis, GO, e interrompeu a produção em Jacareí desde 2022. Dentre os investimentos anunciados por empresas chinesas e seus importadores, como Foton, Sinotruk, Shacman, JAC e Lifan, a maior parte não prosperou. Os empreendimentos tiveram vida curta ou não se concretizaram devido a desafios como burocracia, instabilidade econômica e dificuldade de adaptação ao mercado local. Fabricantes de caminhões e ônibus também investiram em ampliações da produção no País, com investimentos que ultrapassaram a casa de US$ 3 bilhões até 2015. Ford, Iveco, Mercedes-Benz, Scania, VWCO e Volvo realizaram aportes significativos na modernização e expansão de suas plantas de veículos pesados já instaladas. A Mercedes, inclusive, em 2010 resolveu converter a linha de automóveis de Juiz de Fora para produzir cabines de caminhões. O Grupo Paccar decidiu entrar no mercado brasileiro com caminhões de sua marca holandesa DAF e construiu a primeira fábrica no Brasil, em Ponta Grossa, PR, inaugurada em 2014. Outra novata do setor é a chinesa Foton, que desde 2011 tenta produzir caminhões no Brasil e após muitas idas e vindas, em 2017, acertou a montagem de veículos em linha alugada da Agrale, que este ano está sendo expandida em Caxias do Sul, RG. POLÍTICA INDUSTRIAL O mercado brasileiro de veículos entrou na segunda década do século 21 superaquecido, mas, beneficiadas pelo incomum câmbio favorável de menos de R$ 2,00 por dólar, as importações tomaram mais de 20% das vendas domésticas, enquanto a produção nacional, que havia chegado a mais de 3,6 milhões de unidades em 2010, começava a assumir rota decrescente. Com este cenário e rombo crescente na balança comercial o governo brasileiro decidiu adotar medidas protetivas, que retomaram a prática de lançar políticas industriais para o setor automotivo, coisa que não se via mais no País desde os anos 1990. Lançado em 2011 mas só ESPECIAL 100 MILHÕES » SOB NOVAS POLÍTICAS [2011-2024 » 38,6 MILHÕES] BYD Chinesa assumiu em 2023 as instalações de Camaçari, BA, fechadas pela Ford em 2021: promessa de investimentos de R$ 5,5 bilhões para reconstruir fábrica e produzir veículos híbridos e elétricos. GWM Primeira chinesa a assumir fábrica fechada no Brasil, comprou da MercedesBenz as instalações de Iracemápolis, SP, em 2022: início da montagem de híbridos marcada para o segundo semestre de 2025. Divulgação/BYD Divulgação/GWM

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