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87 AutoData | Julho 2025 Os dois elétricos importados de sociedade da GM na China: Spark e Captiva EV desembarcam no Brasil com o emblema Chevrolet na grade. pelo ciclo do Inmetro, garante autonomia de 258 quilômetros. Como atrativo diferencial para um carro desta categoria, o SUV compacto traz de série pacote de equipamentos recheado, incluindo um conjunto de ADAS, sistemas avançados de assistência ao motorista. RENDIÇÃO À CHINA Os dois veículos chineses elétricos que serão vendidos no mercado brasileiro com o emblema Chevrolet, para Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul, seriam perfeitos para produção em alguma fábrica local da empresa: “É um SUV B e um SUV C, dois segmentos bem aquecidos do mercado”. O que não bate é a atual condição de custos e fornecedores para a fabricação no Brasil: “Os chineses têm custo muito inferior ao nosso e mesmo com os 25% de imposto de importação [atualmente aplicados para veículos elétricos importados] compensa mais trazer importado de lá”. Chamorro disse que a competitividade chinesa é justificada por dois fatores, a começar pela larga escala de produção: “As fábricas de lá podem produzir 45 milhões de veículos por ano. As nossas, 4 milhões. Eles produzem 1 bilhão de toneladas de aço por ano, em boa parte com minério de ferro exportado do Brasil. As siderúrgicas brasileiras produzem pouco mais de 30 milhões de toneladas”, compara. O outro fator, segundo ele, são os subsídios que as fabricantes chinesas têm e que, no Brasil, é justamente o oposto, com uma pesada carga tributária. O presidente da GM América do Sul disse que a Anfavea prepara um estudo para apresentar estes fatores ao governo e debater, em conjunto, medidas para uma “verdadeira política industrial”. “Os mais de R$ 130 bilhões em investimentos anunciados recentemente pela indústria estão em risco com os carros chineses chegando tão facilmente ao nosso mercado”, justifica. Então por que a GM importa os carros elétricos da China? A resposta, segundo o executivo, está no ditado “se não consegue vencer o inimigo, junte-se a ele”. Mas ele deixa claro que a sua vontade é reforçar a industrialização, trazendo veículos tecnológicos como o Spark e a Captiva para as fábricas locais: “Meu sonho é poder produzir esses veículos

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