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12 FROM THE TOP » PABLO DI SI Agosto 2025 | AutoData O Brasil precisa encontrar sua própria rota, não precisa seguir tendências mundiais. Eu fico feliz com o que estou vendo no País, com políticas públicas que estimulam o desenvolvimento de carros híbridos ou plug-in combinados com o etanol. Porque todas as rotas para reduzir emissões são uma oportunidade e com o etanol nos veículos já se reduz em até 80% o CO2 de forma imediata. Não precisa criar nenhuma nova infraestrutura ao redor, que vai demorar décadas para atender o carro elétrico. Acho que as políticas públicas estão no caminho certo. Já foram anunciados bilhões em investimentos por muitas montadoras e fico muito feliz de ver o Brasil com tanto desenvolvimento. Aproveitando sua recente experiência como presidente da Volkswagen na América do Norte, de 2022 a 2024, como você avalia este momento de hostilidade comercial dos Estados Unidos com seus parceiros ao Norte e ao Sul? Como a indústria automotiva da região deverá se acomodar a esta nova realidade com a imposição de tarifas ao México e Canadá? Quem perde e quem ganha com isto? “N o mundo que já não existe mais você desenvolvia um veículo ou uma plataforma e fabricava o mesmo produto em vários países. Agora existem vários powertrain e desenvolvimentos regionais, o que é ótimo para o consumidor, porém o investimento das empresas é enorme e esse é um dos grandes desafios da indústria.” como setor imobiliário, como educação. Essa missão mais ampla no mundo é algo muito importante para mim. Por sua experiência na América do Sul e do Norte trabalhando na Volkswagen, um dos maiores fabricantes de veículos da América Latina, como se vislumbra o futuro da indústria automotiva? No mundo que já não existe mais você desenvolvia um veículo ou uma plataforma e fazia um rollout mundial [fabricando um mesmo produto em vários países]. Como agora temos diferentes powertrains no mundo, híbridos, híbridos plug-in, elétricos ou a combustão, o carro global já não existe. Agora existem desenvolvimentos regionais, o que é ótimo para o consumidor, porém o investimento das empresas é enorme e esse é um dos grandes desafios da indústria. Após passar cinco anos à frente da Volkswagen do Brasil, em uma empresa icônica para a história da indústria automotiva brasileira, na sua visão como o País se encaixa no contexto global do setor automotivo? Quais os riscos e as oportunidades?

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