19 AutoData | Agosto 2025 Alejandro Saubidet, secretário executivo da Aladda Arcélio Júnior, presidente da Fenabrave México, Equador e Costa Rica: “O México, claramente devido aos problemas envolvendo os Estados Unidos e o governo Trump, incluindo tarifas propostas, sofreu uma pequena queda, mas dentro do esperado”. Mesmo com a retração Saubidet projeta que o México ultrapassará o volume de 1 milhão de veículos vendidos até dezembro, projeção menos otimista do que a da AMDA, Associação Mexicana de Distribuidores, que estima vendas em torno de 1,5 milhão no ano, sendo que deste total 1 milhão serão modelos importados. Outros países da região também aumentaram suas vendas no primeiro semestre, de forma sustentável, indicando que até o fim do ano deverão manter a trajetória de alta, caso nenhum grande fato negativo aconteça até lá. Porém, mesmo com as vendas em expansão, Saubidet ligou o sinal de alerta para a rentabilidade dos concessionários na América Latina, que está baixa: “É neste contexto que existem incentivos de taxa zero em alguns países para compras financiadas. Algumas taxas de juros ficaram mais altas, o que obviamente altera o saldo final de uma forma ou de outra”. O avanço dos chineses é outro fator que altera o meio ambiente dos mercados automotivos em toda a América Latina, com vendas em alta mas sem atendimento condizente na rede de concessionárias de alguns países, com muitas peças de reposição levando mais de dois meses para chegar e, em alguns casos, marcas chinesas de carros começam a operar na região e depois de um curto período vão embora, deixando os clientes na mão. Para que a indústria automotiva da região consiga competir em igualdade com o avanço chinês a Adefa, que representa os fabricantes instalados na Argentina, a Anfavea, que representa as montadoras no Brasil, e a Amia, que congrega as empresas no México, concordaram que é necessário o fortalecimento das relações dos três países e formular regras claras para equalizar a competitividade com outros países, a exemplo dos asiáticos. OTIMISMO MODERADO NO BRASIL O presidente da Fenabrave, Arcélio Júnior, demonstrou otimismo contido para o mercado brasileiro de veículos em 2025, pois alguns segmentos estão crescendo e outros estão caindo e, junto com tudo isso, os consumidores encaram juros altos para financiar, o que pode acabar puxando a demanda para baixo até o fim do ano. A venda de veículos leves cresceu apenas 4,4% de janeiro a julho, com 1 milhão 362 mil emplacamentos, e deve ter um bom impulso até dezembro pelo programa Carro Sustentável, lançado pelo governo federal na metade de julho. Dois segmentos apontam crescimento acima do esperado no início de 2025: as vendas de ônibus tiveram impulso do programa Caminho da Escola e avançaram 18% em sete meses, e as de motocicletas
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