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25 AutoData | Agosto 2025 exportações e aumentar os volumes em outros mercados. A indústria de autopeças argentina, representada localmente pela Afac, sofre problema parecido, com alta dependência de outro mercado, bem menor, o brasileiro, buscando manter um fluxo comercial estável com o País, o que é um desafio: “Nossa produção depende mais das exportações do que do mercado interno. Já chegamos a exportar 60% para o Brasil. O desafio é manter esse círculo virtuoso”, disse Juan Cantarella, presidente da entidade. Para melhorar o cenário de exportações ao Brasil um novo acordo sobre a política tarifária e as regras de origem é desejado pelo lado argentino, por causa do avanço das marcas chinesas, para que o círculo virtuoso não se torne um círculo vicioso. Atualmente as regras permitem que até 50% do valor de um veículo exportado para países do Mercosul seja composto por autopeças de fora do bloco. José Eduardo Luzzi, diretor do Sindipeças, disse que a indústria nacional é madura, mas também tem um grande desafio para equilibrar a balança comercial: “O setor hoje importa cerca de R$ 19,5 bilhões e exporta cerca de R$ 8 bilhões. Portanto nós temos uma balança negativa da ordem de R$ 11,5 bilhões”. A produção nacional é muito dedicada ao abastecimento do mercado doméstico brasileiro e, por isto, as autopeças fabricadas no País têm baixa participação no mercado global. Atualmente as exportações nacionais são muito focadas na América Latina, principalmente para a Argentina, e a maior parte das importações acontece da Ásia, de países como China e Japão. [Com reportagens de Lucia Camargo Nunes e Soraia Abreu Pedrozo] Cláudia Trevisan, diretora executiva do Conselho Empresarial Brasil-China José Eduardo Luzzi, diretor do Sindipeças, Juan Cantarella, presidente da Afac e Francisco González, presidente da Ina.

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