35 AutoData | Agosto 2025 Ciro Possobom ao lado do recém-lançado Tera: SUV de entrada com ADAS e assistente de inteligência artificial. Diante do cenário global de urgência na redução de emissões de gases de efeito estufa o Brasil, assim como outros mercados automotivos importantes, estabeleceu metas ambiciosas de neutralidade de carbono de seus veículos até 2050. Esse panorama exige mais do que adaptação, mas uma revisão profunda do modelo de negócio baseado no petróleo. A indústria automotiva global atravessa uma era de disrupção, em que a necessidade de descarbonização impulsiona a rápida evolução tecnológica e a redefinição dos veículos do futuro, aponta Gilberto Martins, diretor de assuntos regulatórios da Anfavea, entidade que reúne os fabricantes de veículos instalados no Brasil: “A crescente incorporação de tecnologia será fundamental para atender às exigências ambientais e de segurança, tornando os automóveis mais sustentáveis”. ERA DO VEÍCULO DIGITAL A inteligência artificial, por exemplo, já é um pilar fundamental do desenvolvimento e da manufatura de veículos. A tecnologia digital que capta e acelera o pensamento humano transforma os processos desde o design e a produção, sob Divulgação/Anfavea o conceito de Indústria 4.0, até a operação veicular, controlando a dirigibilidade, estabilidade e o consumo de combustível com eficiência energética. Ciro Possobom, presidente da Volkswagen do Brasil, reforça que a empresa já embarcou nesta inovação ao ser a primeira no País a oferecer inteligência artificial automotiva embarcada desenvolvida na própria subsidiária brasileira, por meio do assistente virtual conhecido como Otto que estreia a bordo do recém-lançado Tera, um SUV compacto de entrada que, em sua categoria, populariza o avanço tecnológico. “A integração tecnológica faz com que os carros se tornem verdadeiros softwares sobre rodas, com seus painéis que lembram tablets e aplicativos que moldam a experiência do consumidor”, observa Camilo Adas, conselheiro de tecnologia e transição energética da SAE Brasil, entidade que reúne engenheiros da mobilidade. A digitalização dos veículos é irmã gêmea da aceleração da eletrificação, que também acontece no mercado brasileiro. Masao Ukon, diretor geral do BCG, Boston Consulting Group, estima que até o fim desta década veículos eletrificados poDivulgação/VW
RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=