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38 Agosto 2025 | AutoData INDÚSTRIA » TENDÊNCIAS geração e com potencial para aumentar a produção e exportar seu know-how: “Isso exige investimentos para expandir a capacidade produtiva e a distribuição de variedades como biodiesel, etanol de segunda geração e hidrogênio verde”. A matriz energética limpa do Brasil confere uma menor pegada de carbono à produção local, enquanto a frota predominantemente flex e a ampla disponibilidade de etanol posicionam o País de forma privilegiada no cenário global: “Temos todas as alternativas para a transição energética, incluindo biocombustíveis, biodiesel e HVO [diesel renovável]. O Brasil foi transformado em um centro global de competência nessa direção”, diz Gábor Deák. Contudo, apesar de todo o potencial, nada acontecerá sem investimentos vultosos para aumentar a capacidade de geração de energia limpa e de produção de biocombustíveis, inclusive do já conhecido etanol, segundo dados combinados da EPE, Empresa Brasileira de Pesquisa Energética. A estimativa é que a produção de etanol no País precisa ser aumentada em 85%, dos atuais 27 bilhões de litros por ano para 50 bilhões de litros, para suprir a demanda projetada no horizonte até 2040. Neste mesmo intervalo estima-se que será necessário adicionar a geração de mais 380 TW [terawatts] por ano de eletricidade à capacidade atual de geração do País, de 620 TW/ano, o que significará expansão de 61%. Ainda no mesmo horizonte de apenas quinze anos à frente a produção nacional de biodiesel precisa dobrar, de 9 bilhões para 18 bilhões de litros por ano, para abastecer a frota nacional de caminhões e ônibus. Para converter mais veículos ao uso do biometano a geração do biogás precisa saltar para 8 milhões a 11 milhões de m3 por dia, um aumento de 5,5 vezes dos atuais 2 milhões de m3 por dia. E se quiser incorporar o hidrogênio à mobilidade o Brasil precisará produzir 400 mil toneladas por ano. Com relação à infraestrutura para veículos elétricos Martins, da Anfavea, sinaliza que a inserção de pontos de recarga virá da demanda do cliente e da iniciativa privada, sem a expectativa de subsídio governamental, como ocorreu na Europa. Estudo do BCG encomendado pela Anfavea prevê que a crescente incorporação de veículos elétricos na frota nacional demandará de 500 mil a 700 mil pontos de recarga no País até 2040 – uma expansão da ordem de 46 vezes em relação aos estimados 15 mil pontos instalados no Brasil até o fim de 2025. Apostas da Toyota na descarbonização à brasileira: o híbrido flex Corolla Cross, demonstrado como exemplo no G20, a picape Hilux a biometano e o Mirai em testes na USP com hidrogênio extraído do etanol.

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