43 AutoData | Agosto 2025 O ATRASO DE SÃO PAULO Segundo a SPTrans um ônibus elétrico é o responsável pela não emissão de 87 toneladas de dióxido de carbono, o CO2, a cada ano. Apesar deste estimado ganho ambiental a cidade está bem abaixo da meta estabelecida em 2021, de agregar mais de 2 mil ônibus elétricos à frota municipal até o fim de 2024. Em razão desse atraso e da proibição, desde 2022, da compra de novos ônibus a diesel para a frota paulistana São Paulo tem hoje cerca de 1,5 mil ônibus com data de validade vencida, com mais de dez anos de uso, mas liberados para rodar a partir de aditivos contratuais, mesmo poluindo mais do que um moderno veículo a diesel. Sobre este avanço ainda lento dos elétricos a SPTrans responde: “O Plano de Metas 2024-2028 estabelece a substituição de 2,2 mil ônibus da frota por veículos movidos por matriz energética limpa até o fim desta gestão. Esta meta considera não apenas os elétricos, mas a possibilidade da chegada de novas tecnologias que possam ser implantadas e que sejam movidas por matrizes energéticas limpas, sem emissão de poluentes”. Divulgação/Volvo Também em sua resposta a Secretaria considerou a distribuição de energia elétrica em alta tensão às garagens justamente o motivo do atraso para incorporação de mais ônibus elétricos à frota. A diretora comercial da Enel em São Paulo, Tatiana Celani, informa: “Temos feito reuniões semanais com os transportadores e mensais com a Secretaria de Planejamento e Eficiência, sempre com a participação da SPTrans em todas elas”. A executiva afirma que a distribuidora de energia investiu R$ 10,4 milhões para adequação da rede às garagens, o equivalente a 92% dos custos totais, e que os concessionários de transporte arcaram com os 8% restantes. Tatiana diz ainda que a adequação da energia entregue às garagens tem prazos que vão de 120 a 210 dias após a assinatura do contrato: “Todas as obras contratadas com a Enel estão no prazo, o que inclui vinte garagens conectadas e 44 megawatts entregues, capazes de carregar 980 ônibus. É quase o fornecimento a uma cidade como Barueri”, assinala a diretora, referindo-se ao município da Grande São Paulo que tem mais de 240 mil habitantes. Divulgação/Enel Com a Volvo Goiânia será a primeira cidade brasileira com frota de elétricos biarticulados: modelo de 28 metros já está em produção em Curitiba.
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