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59 AutoData | Agosto 2025 cado brasileiro, três deles chineses: os importados híbridos GWM Haval H6 e BYD Song Pro, e o mais próximo Chery Tiggo 8, também para sete ocupantes, que tem versões a combustão montadas em kits CKD importados pela Caoa em Anápolis, GO, e híbrido plug-in importado completo da China. Esta comparação parecia improvável há apenas quatro anos, quando o Commander foi lançado, em 2021, como primeiro Jeep desenvolvido fora dos Estados Unidos, e o terceiro produzido na fábrica da Stellantis em Goiana, PE. Por isto o vice-presidente responsável pela marca Jeep na América do Sul, Hugo Domingues, justifica a mudança na tática: “Em vinte anos no mercado nunca vi tantos lançamentos de SUVs. Só este ano são 23, treze chineses, todos nas categorias C-SUV [médios] e D-SUV [grandes, o segmento do Commander] que concorrem conosco. Diante disto é claro que precisamos ajustar os planos”. Domingues afirma que a tecnologia de propulsão híbrida que os SUVs chineses concorrentes têm, e o Commander não, ainda não preocupa e não foi esta a causa de mudanças na política de preços, pois atualmente, no Brasil, ele calcula que de 75% a 80% dos SUVs vendidos nesta faixa de valor mais alto têm só motor a combustão: “No Commander oferecemos a mais ampla gama de motorização: turboflex, turbodiesel e o Hurricane a gasolina, é o que os clientes querem”. TÁTICA DE DEFESA No caso do Commander o campo a defender é o varejo – vendas do modelo a locadoras praticamente inexistem – do segmento D-SUV, que atualmente representa de 12% a 15% das vendas de SUVs no País. Nos primeiros sete meses deste ano o Jeep ficou um pouco atrás dos outros dois concorrentes de sete assentos, Caoa Chery Tiggo 8 e Toyota SW4. O Commander registrou 8,5 mil unidades vendidas de janeiro a julho, em tendência de estabilidade sobre o mesmo período de 2024, com ligeira baixa de 2,7% nos emplacamentos. Além dos reajustes para baixo nos preços a Jeep reduziu de seis para cinco as versões do Commander 2026 – o Overland Hurricane foi tirado de lista. Domingues projeta que as três opções mais baratas, com motor nacional turboflex etanol-gasolina de 176 cv e câmbio automático de seis marchas, Longitude, Limited e Overland, seguirão representando metade das vendas do SUV. O topo de gama Blackhawk, equipado com o motor importado a gasolina Hurricane 2.0 de 272 cv e câmbio automático de nove marchas, deverá reduzir sua fatia de 30% para 25%, mesmo sendo a opção do portfólio que recebeu o maior desconto no preço, de R$ 16 mil na comparação com o ano-modelo 2025. Foto Pedro Kutney Foto Pedro Kutney

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