10 FROM THE TOP » PAULO SOLTI, STELLANTIS Setembro 2025 | AutoData tadoras]. Então, pesa, é um segmento importante e central para nós, não só pela experiência do cliente mas como um participante realmente forte deste mercado, que é muito grande no Brasil e na região. Com a aquisição das empresas como DPaschoal, Norauto e a própria Eurorepar – que já estava no grupo – cerca de metade do faturamento [de peças e serviços] vem do mercado independente e outra metade vem do pós-vendas da fabricante e suas marcas. Sua área de liderança está ligada às operações de economia circular da Stellantis, algo que representa grande potencial de geração de renda mas ainda é incipiente. Qual é a situação do Brasil e qual é o potencial desta área? Existem hoje 48 milhões de veículos circulando no Brasil e anualmente 2 milhões deles chegam ao seu fim de vida, seja pela idade ou por algum acidente. É um número importante de carros que poderiam ser reciclados ou ter um destino diferente, mais sustentável. Mas apenas 1,5% disso é destinado corretamente e já corresponde a um mercado potencial de R$ 2 bilhões. Então imagine quanto seria o faturamento se [o porcentual de reciclagem] fosse como no Japão, que é a referência máxima e recicla algo próximo a 90% [dos veículos sucateados]. Então de apenas 1,5% para 50% ou 60% existe potencial de crescimento muito grande deste negócio. Para isto é necessário olhar o ciclo de vida completo do nosso produto, da concepção, produção, até o fim da sua vida, com um destino correto. É algo que será muito importante no Brasil nos próximos anos. “T odas as nossas operações no aftermarket independente representam 50% do faturamento de peças e serviços da Stellantis. Nesse quadro a DPaschoal é importantíssima no nosso negócio, é a operação que tem o maior potencial de crescimento.” negócio e decidimos ser um dos players mais importantes. Hoje a Stellantis já é o maior distribuidor de peças da América Latina. Esta nunca foi a área mais glamorosa da indústria, porque o carro é um bem de desejo, tem glamour, e o pós-venda sempre veio como um complemento de serviço. Qual é a participação porcentual da área de pós-vendas no total dos negócios da Stellantis na América do Sul? E qual é o potencial desta participação que vai aumentar? Depende. Se eu falar para o meu chefe ele sempre vai dizer que é pouco. Se eu falar para os meus colaboradores eu diria sempre que é muito. Não posso divulgar os números precisos, mas nossa área é um forte contribuidor tanto no faturamento quanto na rentabilidade do negócio. Ainda mais agora que somos um grande player no aftermarket, temos acesso ao mercado [de peças e serviços] muito maior do que aqueles 20% [de participação média das mon-
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