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Setembro 2025 | AutoData 28 que foi estruturar um projeto para começar a operar no País: “Desde o primeiro momento foi um plano de investimento de longo prazo, de produção nacional. Então a GWM decidiu que era necessário se inserir no Brasil e participar da formulação das políticas públicas. É compreensível que as coisas demorem um tempo para acontecer levando em conta toda essa complexidade”. Bastos, experiente executivo brasileiro que já passou por outras fabricantes do setor – a última foi a Toyota – aborda com tranquilidade e até certa familiaridade os processos decisórios que os chineses da GWM estão tomando com relação ao Brasil. Isto porque, principalmente Jack Wei mas todos os outros executivos da GWM, falam abertamente da referência que a Toyota é para eles. Um exemplo: a Deer, primeira picape feita pela GWM na gestão Jack Wei, reproduziu todas as características da Hilux. A Poer segue a receita até hoje e os métodos de produção e definições estratégicas da Toyota são elogiadas e, em certa medida, utilizadas pela GWM: “Temos modelos 100% elétricos como o Ora, veículos híbridos na linha Haval e também produtos com motores a combustão interna. Assim como a Toyota acreditamos que o cliente tem o poder de escolher, por isto vamos continuar oferecendo todas as opções”, disse Wei no Salão de Xangai. CHINESA COM CÉREBRO BRASILEIRO Em 2021 não duraram muito tempo as especulações em torno da chegada da Great Wall Motor ao Brasil. Em agosto saiu o anúncio sobre a aquisição da fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, no Interior de São Paulo, um terreno de 1,2 milhão de m2 com galpões e maquinário inclusos na negociação. O valor não foi revelado. Logo em seguida teve início a formação da equipe, e talvez este tenha sido um dos grandes ativos conquistados no início da trajetória no País. O foco foi buscar pessoas com experiência no setor automotivo nacional. Muitos ex-funcionários da Ford passaram a ocupar posições estratégicas, mas também profissionais de outras empresas formaram o núcleo central, que continua dessa forma: Ricardo Bastos, ex-Toyota, o COO Diego Fernandes, ex-Honda, o diretor de marketing de produto André Leite, ex-Ford, o diretor de planejamento e produto Guilherme Teles, outro ex-Ford, e o diretor de produção Márcio Alfonso, ex-CaoaChery e também ex-Ford, são alguns dos muitos exemplos dessa decisão que contribui até agora na construção e posicionamento de marca que tem obtido sucesso no mercado nacional. “Sempre houve atenção muito grande para encontrar as pessoas-chave para nossa organização. Demorou um tempo para estruturar esta equipe. Muitas empresas começam sua história no País faturando veículos, mas nós fomos vender o primeiro carro praticamente um ano e meio depois [do estabelecimento da empresa]”, conta Ricardo Bastos. IDAS E VINDAS Em janeiro de 2022, antes mesmo de iniciar a operação comercial, a GWM anunciou um programa de investimento de mais de R$ 10 bilhões até 2032, dinheiro aportado no Brasil pela matriz. Para o primeiro ciclo, de 2022 a 2025, seriam [ou foram] aplicados R$ 4,4 bilhões para a preparação da produção nacional, ampliando a capacidade da fábrica de 20 mil para 50 mil unidades por ano, além Alckmin e o chairman Jack Wei encaminham negócios: inspiração na Toyota e agilidade chinesa para internacionalizar a GWM. GWM NO BRASIL » PLANO PASSO A PASSO

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