425-2025-09

Setembro 2025 | AutoData 30 do desenvolvimento de toda a estrutura comercial para a chegada dos primeiros modelos importados. No início da operação comercial dava a impressão de que a característica chinesa de acelerar os negócios tinha sido acionada e estava sendo imprimida no Brasil. Mas só em 2023, após uma meticulosa adaptação dos veículos ao gosto nacional e estabelecimento da rede de concessionárias, começaram as vendas do SUV Haval H6, importado em três versões com preços competitivos para modelos dotados da tecnologia híbrida plug-in com grande autonomia elétrica, de 170 quilômetros, e ainda mais, com preços fixos em todo o território nacional. Pouco antes disto, no fim de 2022, a GWM anunciou que seu primeiro veículo feito aqui seria uma picape híbrida Poer, a ser montada a partir de 2024. Coube ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, apresentar dentro do que ainda era apenas um galpão vazio o que seria o primeiro GWM nacional, a picape Poer híbrida, afirmando que em 1º de maio de 2024 teria início a produção nacional, com a contratação de 2 mil funcionários. Em menos de um ano a GWM desenvolveria a tecnologia híbrido flex para dois modelos nacionais: a Poer e um SUV da grife Tank ainda inédito. James Yang, presidente da GWM para as Américas à época disse que “esta picape híbrida flex será a nossa primeira contribuição para a reindustrialização que o Brasil almeja. Queremos substituir nossos veículos importados por modelos fabricados aqui”. De abril a setembro de 2023, além das três versões do Haval H6, a GWM importou o Ora, veículo 100% elétrico de entrada, vendido por R$ 150 mil. Com este portfólio a empresa vendeu mais de 5 mil unidades no País, consolidando o H6 como o líder dos SUVs híbridos. Mas o plano não seguiu o roteiro original e a GWM mudou sua estratégia de localização. As discussões em torno do Programa Mover e à medida em que os negócios iam se desenvolvendo a fabricante chinesa percebeu que havia melhores oportunidades não apenas no Brasil mas também na região. O sucesso do Haval – por causa das suas qualidades e, também, porque o segmento estava carente de competidores com a mesma combinação de preço e tecnologia – foi um dos sinais de que era preciso repensar os planos. Além disso, ao longo de 2023, havia o avanço nas discussões sobre o Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, principalmente no capítulo dos benefícios em produzir desenvolvendo novas tecnologias de propulsão no Brasil, como recorda Ricardo Bastos, naquele momento já envolvido diretamente no grupo empresarial que participou das negociações com o governo: “Os sistemas de bonificaRicardo Bastos: “Atenção muito grande para encontrar as pessoaschave para nossa organização”. Linha de produção em Iracemápolis: Brasil poderá ser o segundo maior fabricante de veículos GWM do mundo.

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=