Setembro 2025 | AutoData 32 ção, com melhores incentivos e créditos se fosse feito algo novo, algo diferente, como nacionalizar novas tecnologias, era muito atraente. Fomos entendendo que o governo estava aprimorando esta lógica do programa e, por isto, fizemos alguns ajustes no nosso projeto para o Brasil”. O aumento gradual do imposto de importação sobre híbridos e elétricos, culminando com a volta da tarifa de 35% para julho de 2026, foi a gota d’água para que a programação da produção nacional fosse alterada. Desta vez bem ao estilo chinês de mudar os planos rapidamente conforme a mudança de cenário, saiu a picape Poer híbrida e entrou, inicialmente, a linha do SUV Haval H6 para ser produzida em Iracemápolis. “Quando avaliamos o imposto de importação subindo e encarecendo nosso principal modelo, ao mesmo tempo em que o governo sinalizou com bônus para quem traz tecnologia e produção para o Brasil, decidimos que o projeto mudaria”, justifica Bastos. “Decidimos produzir um veículo com tecnologia que o Brasil não tem ainda, que são os híbridos plug-in.” A demora na definições do Mover – programa ao qual a GWM rapidamente se habilitou e pode recorrer a todos seus mecanismos de apoio à produção nacional – e a mudança radical dos planos dos produtos nacionais foram as razões, segundo a GWM, do atraso no início da produção nacional, programado inicialmente para o Dia do Trabalho de 2024 mas que só ocorreu mais de um ano depois, em agosto de 2025. LOCALIZAÇÃO PEÇA A PEÇA Durante todo o processo para instalar a produção nacional no País a GWM firmou parceria com o Senai para qualificar e abrir oportunidades para fornecedores locais. A primeira leva de dezoito empresas da cadeia de autopeças nacional já têm contratos com a GWM, outros 49 estão em fase final de avaliação e validação mais de cem fornecedores trabalham em algum nível para abastecer a fábrica de Iracemápolis. Ao mesmo tempo a GWM trabalhou na definição de quais componentes importados poderiam se enquadrar nas faixas de tarifas sobre autopeças, que podem ser de 18%, 16% ou 14%, ou serem classificados como peças sem produção nacional equivalente no regime ex-tarifário, pagando alíquota de apenas 2% para entrar no País. Mais de 3,8 mil itens usados na produção nacional, segundo Bastos, tiveram de ser cadastrados um a um no sistema do goNova fase no Brasil com cinco produtos: os importados Ora 03 e Tank 300 (no alto) e os nacionais Haval H6 (logo acima), Haval H9 e Poer P30 (página ao lado). GWM NO BRASIL » PLANO PASSO A PASSO
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