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AutoData | Setembro 2025 39 Fernandes afirma que 98% dos pedidos de substituição de peças podem ser atendidos rapidamente: “No máximo em três dias, dependendo da distância neste país continental, mas em muitos casos em até um dia atendemos, principalmente no Estado de São Paulo”. Com isto, para surpresa de muitos, mesmo com tão pouco tempo de mercado a GWM já aparece consistentemente em pesquisas como uma das marcas que melhor se comunica e atende os clientes. ENGAJAMENTO ALTO COM A MARCA Este curto período de relacionamento com o cliente brasileiro trouxe surpresas não apenas de parte da fabricante para o mercado. Na contramão, e por meio do ambiente virtual, os próprios clientes têm demonstrado criatividade e uma interação que não era esperada pela equipe comercial da GWM: “Vendemos 60 mil veículos no Brasil, mas hoje temos mais de 80 mil pessoas conectadas nas comunidades criadas em nosso aplicativo”. Fernandes, que já trabalhou em outra marca apreciada pelo cliente, a Honda, afirma que não imaginava que o relacionamento poderia chegar a outro nível: “É inacreditável. Os próprios clientes dão nomes às comunidades, como Oráculos [donos e entusiastas do Ora 03], Havalerios [Haval H6] e agora tem os Tankeiros [Tank 300]”. Ele diz que nestas comunidades há muita discussão positiva e pedidos de melhorias nos produtos, e que algumas dessas sugestões foram levadas à matriz: “Quando o engenheiro chinês questiona por que mudar mostramos que foi o uma sugestão de um grupo grande de clientes”. Estes entusiastas promovem encontros e eventos dentro das comunidades: “É até difícil de acompanhar, porque a rede social dentro do aplicativo tem vida própria e a gente não tem o menor controle. Isso demonstra o valor que a marca ganhou”. NOVA FASE, MAIS PRODUTOS A nova fase da GWM no Brasil, com a chegada de mais dois produtos bastante diferentes dos que já estavam à venda, traz um novo desafio, mas algo que é encarado com naturalidade. Até porque a marca já tem uma diversidade de produtos que requerem ações de vendas diferentes. Os SUVs híbridos médios da linha Haval H6 trafegam na faixa de R$ 200 mil para mais de R$ 300 mil. Os Ora 03 100% elétricos, de R$ 150 a quase R$ 200 mil. E o Tank 300 custa R$ 340 mil. Agora já começaram as vendas da picape Poer P30, em duas versões de R$ 240 mil e R$ 260 mil, e do SUV de sete lugares Haval H9, de R$ 320 mil. Ambos os modelos ainda são importados mas começam a ser produzidos em Iracemápolis até o fim do ano. São dois segmentos bem diferentes e, mais importante, não trazem o diferencial da eletrificação dos produtos que já estavam na prateleira nacional da GWM. “Montamos um grupo de trabalho junto com uma parte da rede, com reuniões periódicas sobre como vender esses dois novos produtos, sobretudo a picape. Porque nós não sabemos como atender esse cliente. Não vivemos ali com a barriga no balcão, então a gente precisa aprender com esses grupos que já têm essa experiência representando outras das suas marcas”, conta Fernandes. Deste processo surgiu a necessidade de capacitar funcionários especializados na venda das picapes. Tudo construído “a quatro mãos, junto com associação de marca, da qual somos muitos próximos”. Fernandes conta que foram selecionados

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