Setembro 2025 | AutoData 40 seiscentos funcionários que passaram por treinamentos durante uma semana para capacitação técnica e comercial, tanto para a força de vendas como para a equipe de pós-vendas. Para a campanha de lançamento e até que a fábrica esteja totalmente preparada para montar os novos produtos a GWM trouxe da China um volume significativo de picapes Poer P30 e do SUV Haval H9 para o início das vendas: “Esse lote importado tem a mesma configuração que será utilizada na produção nacional. Acredito que até o fim do ano já teremos modelos feitos em Iracemápolis, mas de qualquer forma há estoque para atender a demanda”. A GWM não diz qual é este volume tampouco a expectativa de vendas dos novos modelos que ainda estão sendo preparados no País. A julgar pelo desempenho das vendas da linha que já está nas ruas espera-se um resultado, no mínimo, robusto. E até o fim do ano mais um GWM comporá o portfólio no Brasil, desta vez a marca de luxo da fabricante, representada pelo SUV Wey 07. BONS RESULTADOS Desde que começou a vender os primeiros SUVs Haval H6 a GWM já tem mais de 60 mil unidades rodando por aqui. No primeiro ano, em 2023, foram 12 mil unidades e no ano passado 29 mil. Em 2025 a expectativa é de que sejam comercializados 35 mil unidades. Mas de acordo com Fernandes esta conta já está sendo refeita porque “este ano, no acumulado [de oito meses], registramos 23 mil unidades, com 3,9 mil apenas em agosto”. Com mais dois veículos novos e com preços competitivos o executivo, ainda um pouco relutante, acredita ser possível negociar perto de 40 mil unidades em 2025: “Estamos aumentando o ritmo mensal de vendas, crescendo 38% este ano, contra 4%, 5%, da média do mercado. Este é um resultado expressivo considerando que atuamos numa faixa bem restrita e altamente povoada de ofertas, com tíquete médio acima de R$ 250 mil. Mesmo assim há a possibilidade de chegarmos perto de 40 mil unidades”. Não por acaso, nem bem foi inaugurada a primeira fábrica, executivos chineses já falaram na possibilidade de uma segunda unidade no Brasil. A capacidade nominal de 50 mil unidades de Iracemápolis poderá ser rapidamente ocupada, considerando que com índice de 35% de peças locais já é possível exportar modelos híbridos para a Argentina e outros países do Mercosul. Isso deve ocorrer em menos de dois anos. Parker Shi, presidente das operações internacionais da GWM, disse durante a inauguração da fábrica de Iracemápolis que aquela unidade não atenderá o grande plano que os chineses têm para o País. Ele considera que o próximo passo será acessar o degrau debaixo dos consumidores, não apenas no Brasil, mas na região: “A maior parte dos brasileiros e da região têm poder de compra abaixo dos R$ 200 mil, R$ 150 mil. E isto é muito importante. Estamos pensando em produtos que atendam a esta faixa de possibilidades”. A ideia é produzir e vender mais de 300 mil unidades por ano no País: “Precisamos de uma fábrica maior”, disse Shi. Talvez este segundo passo da GWM por aqui tenha uma dinâmica um pouco diferente: depois de estudar por mais de uma década um projeto para entrar no País eles já dizem “nǐ hǎo, míngtiān” [你好,明天], ou hello, tomorrow ou olá, amanhã”. GWM NO BRASIL » ESTRATÉGIA COMERCIAL
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