AutoData | Setembro 2025 63 para compreender se a cadência está de acordo com o que foi planejado. “Esta é a última fase, que teve início em agosto. Fazemos um lote e verificamos se está tudo em ordem. Liberamos a produção do segundo lote, aumentando a velocidade e assim vamos evoluindo. A prioridade é manter a qualidade.” NACIONALIZAÇÃO A GWM já tem dezoito fornecedores nacionais atendendo a demanda para os produtos feitos no Brasil. São eles Basf, Bluar, Bosch, Chemetall, Chemours, Clarios, Continental, Dupont, Eftec, Goodyear, L&L, PPG, Petronas, Saint Gobain, Sika, Toro, Total e Unipac. Esta é a primeira leva de parceiros que foram selecionados, dentre 150 que tiveram acesso aos modelos da GWM para verificar o que poderiam produzir no País. Este processo de desenvolvimento de fornecedores é contínuo e na primeira semana de setembro, enquanto Alfonso conversava com a reportagem, outros 49 potenciais fornecedores visitavam o Senai Ipiranga, em São Paulo, para fazer análises técnicas e apresentar propostas que podem ou não atender às especificações da fabricante. Alfonso não está mais sozinho nesta tarefa. A GWM trouxe da Volkswagen Rodrigo Laurito, que assumiu a área de pesquisa e desenvolvimento. Ele estará à frente das atividades de desenvolvimento e calibração de powertrain e câmbio, design, gestão de novos projetos de produto, dentre outras, como gerenciar o orçamento da área: “Atuamos de forma transversal em toda a cadeia de produção, desenvolvimento e inovação”, conta Laurito. Ele também é o responsável pela construção do Centro de Desenvolvimento e Pesquisa que está sendo erguido ao lado do prédio principal em Iracemápolis. A equipe de sessenta profissionais multidisciplinares que atuou no início com Alfonso passa a integrar esta força-tarefa, liderada agora por Laurito: “Vamos expandir nossa estrutura em breve com mais profissionais e equipamentos”. Eles vão trabalhar de forma integrada porque enquanto Laurito coordena o desenvolvimento de novas tecnologias e diversos testes de validação dos produtos, como o do Wey 07 – SUV da marca de luxo da GWM que será vendido no Brasil ainda este ano –, Alfonso opera junto aos potenciais fornecedores selecionando e observando as questões sobre legislação, como o Programa Mover, que pode beneficiar a operação produtiva. Em até dois anos a GWM pretende exportar seus modelos nacionais para países do Mercosul. Para isto precisa atingir o índice mínimo de 35% de peças produzidas na região para estar habilitada no regime que isenta uma cota de veículos híbridos de qualquer tarifa de importação dentro do bloco econômico. Mas tudo isso ganha complexidade maior porque é
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