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79 AutoData | Setembro 2025 Seitz: ciclo de investimentos e lançamentos aumenta pedidos aos fornecedores. de newcomers que não compram um parafuso sequer no País. Mas superamos os problemas e hoje nossas fábricas no Brasil operam em dois turnos em capacidade máxima. Deveremos produzir mais de 600 mil veículos na região este ano. É mais volume de negócios e efeito escala para vocês [fornecedores]”. E como não há festa de graça Alvarez deixou claro o que pretende dos seus mais de quatrocentos fornecedores diretos: “A tentação de importar é forte, mas somos o fabricante com o maior índice de localização na região [85% no Brasil e 50% na Argentina], acreditamos que esta é uma de nossas fortalezas. Vamos investir alguns bons bilhões em novos produtos, o que significa mais pedidos, aumento de escala e redução de custos nas peças fornecidas. Portanto eu peço que vocês abram a mão”. Assim o executivo pediu desconto médio aos fornecedores de 5%, com este porcentual estampado na mão esquerda da imagem do Cristo Redentor projetada no enorme telão atrás dele. “Abram a mão”, ele pediu. BONS RESULTADOS Com ou sem descontos dos fornecedores o desempenho da Volkswagen na Pedro Kutney América do Sul vem melhorando ano a ano, deixando a matriz confortável o suficiente para dar autonomia à subsidiária na alocação do atual programa de investimento na região que soma R$ 20 bilhões e prevê dezessete lançamentos de 2024 a 2028. O Brasil, sozinho ou junto com a Argentina, voltou este ano à posição terceiro maior mercado da Volkswagen no mundo, atrás de China e Alemanha, o que não acontecia desde 2012 e 2013. No primeiro semestre as vendas na América Latina [menos México] cresceram 21% e foram responsáveis por 11% do faturamento global da marca. No mercado brasileiro os resultados são ainda mais animadores: de janeiro a julho as vendas da Volkswagen somaram 227 mil veículos, o maior volume desde 2014, que significou avanço de 11% sobre o mesmo intervalo de 2024, quase três vezes mais do que a média geral de 4,4%, conquistando aumento de participação de 1 ponto porcentual, que fechou os sete meses em 16,7%. “Eu já fico bastante contente com esta participação, pois crescemos e não perdemos terreno para os chineses que estão avançando rápido no mercado”, afirmou Alexander Seitz, chairman executivo da

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