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80 Setembro 2025 | AutoData PRÊMIO » CADEIA DE SUPRIMENTOS empresa na América Latina, em conversa com um pequeno grupo de jornalistas pouco antes da premiação do The One. “Nosso crescimento é sustentável. Deveremos manter este mesmo ritmo até o fim do ano e crescer de 12% a 15% na região.” A expansão das exportações também ajudou a manter a produtividade das fábricas no Brasil: cresceram 45% de janeiro a julho, com o embarque de pouco mais de 90 mil veículos ao Exterior, 60 mil para a Argentina e 30 mil para o México, os dois maiores mercados externos. A previsão é exportar 120 mil unidades em 2025. Mas Seitz pondera que o ambiente não está livre de intempéries: “Nossa importância é alta para o grupo e estamos felizes na América Latina, mas não ficamos loucos como algumas pessoas quando os resultados são bons, de pensar que não há dificuldades. Vamos continuar focados. Lançamos produtos de sucesso este ano em que a grande estrela é o Tera. No segundo semestre temos mais lançamentos e vamos investir forte em híbridos e picapes”. O executivo adiantou, inclusive, que a nova picape Amarok produzida na Argentina, a ser lançada em 2027, terá versões híbridas com tecnologia compartilhada com o sócia chinesa SAIC. Falando aos fornecedores Seitz admitiu que o caminho no horizonte à frente “não será fácil”. Ele justificou: “O mercado continua volátil, muda de direção sem dar seta. A economia está pior do que novelas com muitos capítulos e atores ruins. O que temos de fazer diante deste cenário é continuar a reforçar nosso portfólio de produtos. Para fazer isto precisamos da parceria de vocês”. Segundo Seitz no momento não há gargalos produtivos nos fornecedores, inclusive para novos projetos, com a maior parte dos componentes comprados no Brasil: “Estamos bem em componentes metálicos e plásticos. Mas para eletrônicos ainda estamos muito dependentes de importações”. As compras, ele diz, deverão avançar na mesma proporção dos lançamentos previstos e do crescimento das vendas internas e externas. NO ATAQUE Ciro Possobom, presidente da Volkswagen do Brasil, admitiu aos fornecedores que existem pressões negativas como juros altos, guerra tarifária, custos de eletrificação, logística e competidores agressivos, mas demonstrou confiança na continuação do bom desempenho da Ciro Possobom diz que Volkswagen joga no ataque: “Preparem suas fábricas porque vamos vender mais”. Pedro Kutney

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