31 AutoData | Outubro 2025 pois ele ainda tem mais de três anos de governo pela frente”. PIOR PARA ELES “Eu acho que essas medidas todas que Trump vem tomando prejudicarão mais os Estados Unidos a médio e longo prazo do que o mundo inteiro”, assinala Rubens Barbosa. E Sérgio Vale completa: “Certamente o empresariado estadunidense está cobrando e pressionando o presidente a rever posições que estão atrapalhando muito os negócios, mas o problema é que Trump não vai atrás de informações, que chegam até ele por pessoas com viés ideológico”. Para ambos os analistas a perda de dinheiro provocada por questões ideológicas é o único e mais forte fator que pode fazer o governo Trump mudar de opinião e posição – foi assim a retomada de diálogo com o governo brasileiro, influenciada por empresários brasileiros que investem e empregam no país, que informaram o presidente estadunidense sobre os prejuízos causados por tomar ações com base no que dizem figuras ideológicas como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que não produzem um clips sequer em lugar algum e influenciam por sansões ao Brasil que prejudicam os negócios nos Estados Unidos. BRASIL NO NOVO CENÁRIO Para Rubens Barbosa neste momento conturbado “o que precisamos começar a pensar e a discutir é onde é que entra o Brasil nesse novo cenário global”. O diplomata entende que falta ao País um plano de ação de médio e longo prazo. Ele exemplifica: “Há dois anos, quando a Índia comemorou 75 anos da independência, o primeiro ministro Narendra Modi fez um discurso criticando o colonialismo, tudo que eles passaram lá, e terminou dizendo que nos próximos 25 anos, quando comemorar 100 anos independente, o país tem o objetivo de ser um país plenamente desenvolvido. Eles colocam isto como meta. Qual é a do Brasil?”. A pergunta, na visão do embaixador, está há décadas sem resposta. Mesmo diante das intempéries globais Barbosa avalia que o País precisa desenhar seu futuro com maior assertividade, inclusive para superar seus problemas internos e ganhar força no cenário internacional. “A inserção externa econômica, comercial e política depende de transformações internas que envolvem estabilidade econômica e política, de segurança jurídica”, defende Barbosa. “O Brasil é um país gigantesco de grande interesse para o mundo, mas precisa de política externa forte, clara, que define o interesse brasileiro, sem alinhamentos automáticos com Estados Unidos, China ou com os BRICS. Mas para isto é necessário, primeiro, arrumar a casa. O País tem de começar a pensar em um plano de médio e longo prazo, o governo tem que fazer programas de Estado, com prazos para alcançar metas de crescimento de 4% ou 5%, sair desses voos de galinha de 2%, 1% ou zero. Este planejamento independe do cenário global instável.” Imagem gerada por IA/Gemini
RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=