36 Outubro 2025 | AutoData PERSPECTIVAS 2026 » ARGENTINA Taos, que passarão a ser exportados para o Brasil a partir do México. “Além disso a VW Amarok ficou muito tempo este ano sem ser exportada porque não atualizaram os sistemas de emissões e ela não se enquadrou no PL 8 [legislação de emissões] do Brasil.” Tudo isto reduziu a expectativa para as exportações, que no ano passado somaram 314,7 mil unidades, mas que este ano, segundo projeta a Abeceb, pode ser de 283 mil. Em setembro a queda anualizada estava em 9,1%, na comparação com igual período de 2024. Considerando o mercado interno e as exportações neste ano de recuperação da indústria automotiva argentina a expectativa é de que sejam produzidas de 530 mil a, no máximo, 540 mil unidades: “Mas ainda é muito cedo para confirmar este resultado da produção porque o comportamento do mercado interno, que reduz o volume de compras principalmente em dezembro, fará toda a diferença”. Arquivo Pessoal EXPECTATIVA PARA 2026 Para o ano que vem a Adefa, entidade que reúne os fabricantes instalados na Argentina, confia na continuidade das reformas macroeconômicas promovidas pelo governo atual que, de fato, reduziram a inflação e a carga tributária, melhoraram o acesso aos dólares e até o poder aquisitivo de parte do consumidor argentino. Em comunicado oficial para AutoData a entidade diz que “esses fatores podem continuar alinhando o contexto macroeconômico do país melhorando a competitividade, a demanda e a viabilidade do setor automotivo”. Tal expectativa positiva está ancorada na projeção que organismos internacionais ainda conservam para a economia argentina em 2026. Segundo o Banco Mundial o PIB do país crescerá de 3% a 5%. “Com inflação moderada, taxas impositivas razoáveis, acesso a divisas e incentivos a indústria automotiva poderá se beneficiar bastante em 2026”, afirmou a Adefa. Entretanto, nos cálculos feitos pela Abeceb, a produção no ano que vem não dará nenhum grande salto e ficará em torno de 550 mil unidades, resultado apenas 1,8% maior que o deste ano. Segundo Andrés Civetta o caminho de abertura comercial da Argentina, de facilitação do comércio exterior como forma de injetar divisas em dólares, continuará contribuindo para que o mercado interno tenha uma inflação mais controlada e, assim, condições um pouco mais atraentes para o consumidor com condições para comprar um veículo. “É o objetivo número 1 do governo atual baixar a inflação. Então esta receita tende a continuar no ano que vem, pois em grande medida está funcionando.” Mesmo assim a projeção de vendas, na perspectiva da Abeceb, é de manutenção do volume que deverá ser registrado em 2025: “A correção que fizemos para 2025, de 650 mil unidades, também dialoga com a perspectiva para 2026, que é a de manter este volume para o mercado interno”. “ A volatilidade é muito grande em todos os sentidos e o caminho só estará claro após as eleições de outubro.” Andrés Civetta, Abeceb
RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=