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37 AutoData | Outubro 2025 Divulgação/Stellantis A Adefa tradicionalmente não divulga projeções de desemprenho de suas associadas. Mas se mantém otimista com um resultado melhor para o mercado interno em 2026 baseado na evolução dos fundamentos macroeconômicos do país: “A combinação de taxas de juros mais acessíveis, melhor acesso ao crédito, maior competitividade e oferta de produtos ao consumidor deve gerar um mercado positivo para o ano que vem”. Já com relação às exportações a consultoria projeta o embarque de 305 mil unidades, o que resultaria em crescimento de 7,7%. O ano que vem será o primeiro com doze meses completos sem a produção de dois veículos importantes: a Nissan Frontier e o Volkswagen Taos. Isto pode impactar os volumes exportados, assim como a perda da competitividade dos automóveis feitos na Argentina e vendidos no Brasil. Além disto os investimentos anunciados de US$ 1,3 bilhão para a produção local de novos veículos – como o Projeto Patagônia, nome código da nova geração da Volkswagen Amarok com versões híbridas, o Projeto Niágara da Renault de uma nova picape, ou ainda as novas Ford Ranger e Toyota Hilux híbridas ou híbridas plug-in – ainda não estarão nas linhas de montagem em 2026. Contudo a recém-iniciada produção, este ano, das picapes Fiat Titano e Ram Dakota pela Stellantis, em Córdoba, poderá compensar parcialmente as perdas das outras linhas argentinas, uma vez que picapes médias a diesel encontram bom mercado em toda a América do Sul e especialmente no Brasil. Com tantos acontecimentos no futuro próximo que podem ter impacto direto na economia, na política e na vida das pessoas a Argentina seguirá sua trajetória de, esperamos, recuperação. Mas ainda não é possível afirmar que o principal parceiro comercial do Brasil no continente resolveu ou endereçou a solução para todos os seus problemas crônicos. E ao que parece isto está longe de acontecer.

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