51 AutoData | Outubro 2025 motos em Manaus, AM, pertence a 2008, quando foram montadas 2 milhões 140 mil. Naquele ano a indústria teve ajuda do mercado local e do comércio exterior. O número esperado para este ano deve ser pouco acima de 2,1 milhões. “As vendas ainda devem crescer de 5% a 8% em 2026. Uma alta moderada é mais plausível quando se tem um ano forte como 2025”, vislumbra Trivellato. O presidente da Fenabrave, Arcélio Júnior, vai na mesma linha: “Conforme as tendências observadas nos últimos anos acreditamos que o mercado continue em evolução, mas tudo depende das condições econômicas envolvendo renda, taxas de juros e crédito”. O dirigente destaca que o número de concessionárias de motos aumentou de 1 mil 205 para 1 mil 630 desde 2020 e cita os motivos que puxaram as vendas. O principal foi a multiplicação dos serviços de entrega, a partir de 2020. A pandemia também fez aumentar a procura das motos para transporte individual. Arcélio Jr aponta ainda que muitas famílias estão optando pela moto como segundo veículo por causa economia que isto representa. Marcos Bento, presidente da Abraciclo, entidade que reúne as montadoras em Manaus, destaca “a economia de combustível, o baixo custo de manutenção, a agilidade e o crescimento da utilização profissional” como pontos que vêm favorecendo a elevação da demanda por motos. Bento observa também que, ao lado do crescimento das vendas, também há tendência de avanço no valor agregado dos produtos, com maior espaço obtido por modelos de média cilindrada, de 161 cm3 de cilindrada a 450 cm3 de cilindrada, cuja participação na produção avançou de 16,5% para 18,7% de 2023 a 2024, ao passo que o segmento de baixa cilindrada, até 160 cm3 de cilindrada, recuou de 80,5% para 78,1%. “É um movimento natural do consumidor que opta por motos com mais recursos tecnológicos e desempenho.” A produção dos modelos de alta cilinDivulgação/Abraciclo drada, de 451 cm3 de cilindrada em diante, oscilou pouco no mesmo período, de 3% para 3,2% de participação. INVESTIMENTOS EM PRODUÇÃO O presidente da Abraciclo acrescenta que crescimento da produção para 2026 também se dará razão de investimentos em capacidade produtiva: “Se continuarmos neste ritmo poderemos voltar ao patamar de 2 milhões de unidades produzidas já no próximo ano. Para isto as fabricantes terão que investir em suas linhas de produção e ampliar a capacidade produtiva”. É o que está acontecendo, como o recém-anunciado investimento da Honda Motos. A empresa líder de mercado, com 66,8% de participação, aportará de R$ 1,6 bilhão até 2029, o que inclui novos modelos e a ampliação da capacidade produtiva em Manaus de 1,4 milhão para 1,6 milhão “ Se continuarmos nesse ritmo poderemos voltar ao patamar de 2 milhões de motos produzidas já no ano que vem.” Marcos Bento, presidente da Abraciclo
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