59 AutoData | Outubro 2025 O IPI Verde, que passa a valer com nova tabela para todos os veículos a partir de 1º de novembro, estabelece alíquotas que vão de 2,15% a 24,8%, conforme o tipo de fonte energética, potência, índices de eficiência energética, de segurança e reciclabilidade. Elétricos e híbridos têm descontos, enquanto um SUV a diesel pode pagar até 12 pontos porcentuais adicionais sobre o imposto-base. Em contrapartida veículos com menos de 75 cv ganham 2,15 pontos de desconto no imposto. Por causa dessas mudanças as montadoras avaliam planos de repasse de preços e podem revisar portfólios. A preocupação maior é o Imposto Seletivo criaArquivo Pessoal “ Valor do veículo, taxa de juros e acesso ao crédito ainda coíbem o grande potencial brasileiro de vendas internas em 2026.” Milad Kalume Neto, K.Lume Consultoria do pela Reforma Tributária, que começa a ser adotada gradualmente a partir de 2027 com o fim do IPI que deverá ser substituído pelo tributo seletivo. O limite de 5% é considerado insuficiente pelas montadoras, segundo a análise da Bright Consulting, que questiona: “A tabela atual do IPI tem quinze páginas só para automóveis. Como será feita a diferenciação? É com o IPI que se incentiva ou desestimula tipos de veículos”. Outro fator que deve impactar o resultado do ano neste fim de 2025 é a parada da Toyota após o temporal, no fim de setembro, que destruiu a fábrica de motores de Porto Feliz, SP, e parou todas as linhas de produção, que voltam a operar em novembro, mas com escala reduzida: “Alguém vai pegar este mercado da Toyota até eles conseguirem realmente voltar à produção. Em novembro eles retomam com motores importados híbridos, e o flex volta com produção total só janeiro”, pontua Trujillo. Para a hibridização as perspectivas são positivas, com vários lançamentos de híbridos programados: “Vai começar a se concretizar. As marcas estão investindo nisso. Mais lançamentos devem acontecer a partir do ano que vem”, observa o especialista da S&P Global, ressaltando que a legislação brasileira demandará investimentos praticamente obrigatório em híbridos leves. Divulgação/Renault
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