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66 Outubro 2025 | AutoData PERSPECTIVAS 2026 » CAMINHÕES Por Aline Chaves Com juros altos, crédito escasso e empresários do agronegócio sem recursos para investir em renovação de frotas a indústria de caminhões passa por novo ciclo de retração — e a retomada deve demorar a ganhar velocidade. Este ano começou com expectativas moderadamente otimistas para a indústria de caminhões. Os fabricantes projetavam estabilidade nas vendas e na produção, sustentadas pela supersafra de mais de 320 milhões de toneladas de grãos, segundo estimativa da Conab, Companhia Nacional de Abastecimento. O cenário favorecia especialmente a demanda por modelos pesados, responsáveis por cerca de 46% das vendas Divulgação/DAF do mercado nacional. Mas o otimismo durou pouco. A escalada da taxa Selic, que saltou de já elevados 10,75% ao ano em outubro de 2024 e chegando a inviáveis 15% em julho, encareceu o crédito e travou a renovação de frotas, impondo um novo ciclo de cautela e retração ao setor. O resultado é um mercado mais contido do que se previa: as vendas de caminhões devem fechar 2025 em 113,5 mil, em queda de 7% Em marcha lenta até quando?

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