74 Outubro 2025 | AutoData PERSPECTIVAS 2026 » ÔNIBUS “Existem outras ferramentas além de férias coletivas”, lembrou Arabian. Jorge Carrer, diretor de vendas de ônibus da Volkswagen Caminhões e Ônibus, avaliou que ainda existem fatores positivos no horizonte: ele lembrou que 2026 é ano eleitoral, o que pode promover algumas novas encomendas, e que o programa Caminho da Escola deverá contribuir mais uma vez para manter a produção com os ônibus escolares: “A nova licitação do Caminho da Escola deverá refletir na produção já no início do ano que vem”. EXPORTAÇÕES EM ALTA As exportações deverão continuar trazendo oportunidades aos fabricantes de ônibus no País, otimistas que estão principalmente com a Argentina, onde ainda vigora a norma de emissões Euro 5. O país vizinho deverá comprar 3,3 mil unidades até o fim deste ano. A expectativa é que o mercado da América Latina, exceto Brasil e Argentina, incluídos Chile, Colômbia e Uruguai, compre mais 7,4 mil unidades. O número é quase o do México, 7,1 mil unidades, cuja expectativa desidratou depois da transição para o Euro 6 e da guerra tarifária com os Estados Unidos. No início do ano esperava-se mercado de 9,5 mil ônibus. Além dos mercados tradicionais de exportação de ônibus as empresas instaladas no Brasil seguem explorando outros mercados na África e no Oriente Médio. Para Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea e da VWCO, existem alguns desafios a serem superados tanto na exportação quanto no cenário doméstico para driblar as dificuldades avistadas pelo setor: “Nós perdemos o protagonismo em alguns países da região. Antes, de dez ônibus vendidos, a maioria era brasileira. Hoje são apenas dois. Em parte isso é devido ao fato de que alguns deles avançaram com a eletrificação antes, o que abriu espaço aos produtos asiáticos”. Saltini pontuou a dificuldade de competir diante da escassez de mecanismos que estimulem os embarques: “Os chineses trazem junto uma linha de financiamento e isso pesa a favor deles, pois mesmo que o ônibus brasileiro seja financiado via BNDES antes do embarque as taxas pesam contra nós”. Divulgação/Abraciclo “ Juros de 18% a 20% ao ano afetam o interesse do operador. O custo é extremamente alto para motivá-lo a renovar a frota.” Walter Barbosa, Mercedes-Benz Divulgação/MB
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