77 AutoData | Outubro 2025 lizaram suas frotas em conjunto com os operadores. Mas outras estão bastante atrasadas com relação ao mínimo que precisaria ser feito”. Para Cunha, embora políticas públicas nacionais sejam ideais, iniciativas estaduais e municipais podem conferir maior agilidade ao processo. TURISMO E COP 30 Bisi listou como fator positivo para 2026 o aumento do turismo interno: “Temos visto importante crescimento após a pandemia. Além disto os preços dos combustíveis e das passagens aéreas estão levando à migração para o transporte rodoviário. As empresas investiram muito em qualidade e renovação da frota, instalando internet a bordo, ônibus leito-cama, e as rodoviárias também têm passado por transformação importante, o que promove aumento acentuado de ônibus rodoviários”. Há também oportunidades em decorrência da COP 30, sustentou, pois o Fundo Clima está financiando o transporte público, além de vários bancos privados inteDivulgação/Volvo ressados em adotar a linha. Ainda, o PAC Mobilidade, do Ministério das Cidades, teve aumento expressivo de verbas para construção de infraestrutura e aquisição de ônibus urbanos, por meio do Refrota e também por bancos de montadoras, que estão colocando crédito no setor. CAMINHO DA ESCOLA MAIOR Bisi calcula que a demanda do Caminho da Escola estimulou de 20% a 25% da produção de ônibus em 2025. Quanto ao aguardado novo edital do FNDE, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, para o fornecimento de 7 mil 470 ônibus escolares, ele informou que a Fabus já pleiteia que o número seja maior: “Precisamos renovar também os veículos que já passaram da vida útil de dez anos, temos mais de 30 mil nesta situação”. O mesmo vale para os ônibus urbanos, que nas grandes capitais têm idade média em torno de 7 anos, sendo que a idade produtiva, com custos competitivos, é de até 5 anos: “Há, portanto, 32 mil ônibus mais antigos que precisam ser trocados”.
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