87 AutoData | Outubro 2025 da em alguns segmentos como locação, construção e agricultura, enquanto houve aumento nas vendas para governo e aos setores industrial e florestal. Segundo a diretora as altas taxas de juros pesaram contra os negócios ao longo do ano: “Se houvesse maior atividade em alguns segmentos o desempenho poderia ser melhor, mesmo com os juros altos. Os governos estaduais e federal, por exemplo, não sofrem com os juros e, mesmo com crescimento nas vendas para este segmento, a procura poderia ser maior”. A produção de máquinas de construção avançou 14,6% até agosto, chegando a 25,8 mil unidades, mas a expectativa até o fim do ano é de desaceleração, encerrando com 7% de alta sobre 2024. Esta redução será causada pelas exportações menores nos últimos meses, principalmente para os Estados Unidos, por causa do tarifaço, agora cobrando 50% de imposto de importação das máquinas brasileiras. Zanella disse que, em julho, houve incremento nas exportações, antecipando as novas taxas do mercado estadunidense, mas a partir de setembro o ritmo dos embarques deverá ser menor: “Para o ano que vem a nossa expectativa é de exportações menores do que em 2025, por causa desse movimento dos Estados Unidos, que representam 40% de tudo que exportamos. As empresas que produzem no País têm contratos fechados que precisam ser atendidos, mas cada matriz deverá avaliar se continuará exportando a partir do Brasil ou de outro país que tenha taxação menor”. Ainda assim existem máquinas que são produzidas apenas no Brasil e, neste caso, se alguma empresa optar por fabricar em outro local será necessário um período de desenvolvimento e, por isto, a indústria nacional deverá continuar exportando para os Estados Unidos, ainda que em volume menor. De janeiro a agosto de 2025 as fabricantes nacionais de máquinas de construção exportaram 11 mil unidades, em alta de 15,6% sobre 2024. Divulgação/Case
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