89 AutoData | Outubro 2025 sofreram ferimentos leves e estão todos recuperados. A extensão dos danos materiais à fábrica ainda não foram integralmente contabilizados, mas podem chegar à perda total, pois em menor ou maior grau todo o maquinário foi danificado. De acordo com a empresa ainda não é possível prever quando a linha de produção de motores pode voltar a operar: até o fim de outubro sequer havia começado a reconstrução do telhado, porque antes todas as máquinas precisaram ser retiradas e enviadas a um galpão para análise do que precisa ser feito em cada uma, seja troca de peças ou mesmo a substituição total. Assim os oitocentos funcionários da unidade, que trabalhavam em três turnos, seguirão por tempo indefinido em layoff, com contratos de trabalho temporariamente suspensos e horários de treinamento. RETOMADA GRADUAL A previsão inicial era de que, por causa da falta de motores, as duas fábricas de automóveis só voltariam a operar a partir de janeiro do ano que vem. Mas graças ao apoio da matriz foi encontrada solução para retomar a produção gradualmente. No início de outubro a Toyota informou que reinicia em 3 de novembro a produção de veículos em Sorocaba e Indaiatuba. De início, com powertrain totalmente importado do Japão, voltarão a ser fabricados o SUV Corolla Cross e o sedã Corolla, mas apenas as versões híbridas e híbridas flex, para atender ao mercado brasileiro e de exportação. Para janeiro está previsto o retorno da produção de toda a linha, com as versões equipadas também só com motores a combustão, tanto a gasolina como bicombustível flex. Os propulsores também serão importados prontos do Japão. O hatch Yaris, produzido em Sorocaba atualmente somente para exportação à Argentina, também volta a ser montado. Já o Yaris Cross segue sem previsão. Segundo Evandro Maggio, presidente da Toyota do Brasil, o reinício da produção, em novembro, somente com as versões Reprodução Internet/Redes Sociais híbridas se dá pelo fato de que muitos componentes do sistema de propulsão já eram importados completos do Japão, apenas algumas complementações eram feitas em Porto Feliz: “Nosso objetivo era reativar rapidamente a cadeia de produção, voltar a abastecer a rede de concessionárias, voltar a fazer rodar as engrenagens. É o que consideramos mais importante.” Os motores a combustão também serão inteiramente fabricados no Japão. O prazo maior para começar a recebê-los no Brasil é devido à necessidade de ajustar o volume de produção na unidade asiática. Com relação ao Yaris Cross ainda não será possível importar o motor para começar a produzir o novo carro porque alguns componentes ainda precisam ser trabalhados, disse Maggio: “O cabeçote é bem específico e precisamos ainda decidir em que local conseguiremos fazer. A decisão ficou para frente”. Junto com a produção dos híbridos também retornam ao trabalho, em 21 de outubro, todos os 5,8 mil empregados de Sorocaba e os 1,5 mil de Indaiatuba que haviam sido colocados em férias emergenciais, acertadas com os sindicatos de ambas as cidades. Assim o layoff, que já estava negociado para suceder o período de férias, será aplicada apenas ao quadro de Porto Feliz, que ainda não tem previsão de retorno.
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