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90 Outubro 2025 | AutoData INDÚSTRIA » TOYOTA “Como o ritmo de retorno da produção ainda será gradual aproveitaremos para aplicar alguns treinamentos, fazer testes e reforço de qualidade para parte do quadro de trabalhadores. A ideia é que em fevereiro estejamos trabalhando a todo o vapor”, espera Maggio. DESEMPENHO PREJUDICADO A produção no País foi prejudicada – e a Toyota ainda não divulga projeções de reduções de volume – mas o planejamento para inaugurar, no segundo semestre de 2026, a segunda linha de produção de Sorocaba permanece inalterado, garante Maggio: “O cronograma está em dia”. O executivo admitiu que as reservas veículos nacionais na rede de concessionárias estavam próximas do fim e sem reposição imediata: “Nossos estoques costumam durar de oito a dez dias”. Ou seja: devem ter terminado no fim de setembro. Os concessionários seguiram vendendo os produtos importados, como Hilux, RAV4, SW4 e Hiace, mas é esperada perda de participação por falta de carros a entregar. Contudo ainda não há um número fechado de perda de vendas. A Toyota terminou 2024 como quinta marca de veículo mais vendida do País, com 203,8 mil unidades emplacadas e participação de mercado de 8,2%. Este ano, de janeiro a outubro, com o reposicionamento do portfólio nacional, que colocou fim ao hatch Yaris no Brasil – produzido só para exportação –, o desempenho caiu: as 138 mil unidades emplacadas resultaram em queda de 8% sobre igual período do ano passado e o market share baixou 1 ponto, para 7,6%. A aguardada chegada o Yaris Cross deveria reaquecer as vendas, mas o atraso no lançamento frustra esta expectativa. Ao menos no horizonte de um ano à frente também ficam frustrados os planos de aumentar a produção de motores no Brasil e nacionalizar o sistema de propulsão híbrido, devido à incerteza sobre o prazo para retomar a operação em Porto Feliz, que deverá ser longo devido à extensão dos estragos provocados pelo temporal. Prestes a completar dez anos de operação em 2026, a fábrica já recebeu mais de R$ 1 bilhão em investimentos, produziu mais de 1 milhão de motores e, desde 2022, tinha contrato para exportar 45 mil deles por ano à Toyota dos Estados Unidos – volume que já estava prejudicado pela tarifa de importação de 25% imposta pelo país a componentes automotivos. CONVERSA COM FORNECEDORES A Toyota reinicia gradualmente a produção de veículos no País ciente dos estragos que a paralisação e redução drástica da produção causa na cadeia de suprimentos. Por isto Maggio afirma que a atenção maior aos fornecedores já consta no planejamento de retomada das operações: “Sabemos que cada um será atingido de maneira diferente, com maior ou menor fatia do faturamento. As conversas deverão ser individuais e ocorrer assim que cumprirmos com o objetivo de voltar a operar as linhas”. Estão nos planos, ainda que de forma embrionária, possível suporte a empresas que tenham maior dependência da Toyota em seus negócios. Maggio garante que será dada a devida atenção aos parceiros no momento certo. Divulgação/Toyota

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