96 Outubro 2025 | AutoData INDÚSTRIA » INAUGURAÇÃO apresentadas por meio de comunicado e dos discursos que exaltaram o início da operação brasileira. PRETENCIOSAS AMBIÇÕES Em comunicado a empresa reafirmou suas pretenciosas ambições no Brasil, afirmando que, após o anúncio de dobrar a futura capacidade de produção, “a meta é acelerar o ritmo de entrega das obras e cumprir a promessa de estar entre as três maiores montadoras do País até 2028, e chegar ao topo do ranking até 2030”. Sabe-se também, em informação várias vezes repetida pela companhia, que a planta de Camaçari, mesmo antes de estar plenamente operacional, será a maior montadora de veículos elétricos da América Latina e já é o maior complexo industrial da BYD fora da China. Stella Li, vice-presidente executiva global e CEO para Américas e Europa, disse que um grande grupo de funcionários brasileiros foi à China receber treinamento para se tornarem os “líderes de produção de todas as tecnologias que serão produzidas aqui”. A BYD informou que a fábrica já tem mais 1,5 mil colaboradores – a promessa, da própria Stella Li, feita em dezembro de 2024, era de contratar 10 mil até agosto passado, número que, segundo a empresa, em pouco tempo cresceria para 20 mil empregos diretos e indiretos. TECNOLOGIA FLEX INÉDITA A BYD aproveitou a inauguração para mostrar que produziu a primeira versão de um híbrido flex no Brasil: trinta unidades do Song Pro que serão utilizadas durante a COP30, em novembro em Belém. De acordo com Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD no Brasil, “foram investidos R$ 80 milhões no desenvolvimento da tecnologia híbrida flex plug-in”. “Dei a missão aos nossos engenheiros para criar um propulsor híbrido flex”, contou Baldy. “Foram dois anos para o desenvolvimento, que envolveu cem engenheiros.” Apesar de todo o sistema ser importado da China, em seu discurso Wang Chuanfu afirmou que a tecnologia flex foi desenvolvida localmente: “Há dois anos, em uma visita ao Brasil, percebi o potencial do etanol. Decidimos, então, que traríamos nossa tecnologia híbrida plug-in com um motor flex desenvolvido por e para este País. O carro que entregamos hoje ao presidente Lula é a prova de que a BYD não apenas investe no Brasil, mas cria com o Brasil soluções únicas para o mundo”. O Song Pro é o primeiro híbrido flex da marca que conta com a tecnologia DM-i, que garante tração 100% elétrica na maior parte do tempo e usa o motor 1.5 majoritariamente como um gerador. Além da versão especial do Song Pro a fábrica já monta o Dolphin Mini, 100% elétrico, e o híbrido plug-in sedã King. Lula assina o capô do carro 14 milhões da BYD ao lado do fundador da companhia, Wang Chuanfu: primeiro Song Pro híbrido plug-in flex preparado para a COP 30.
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