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11 AutoData | Novembro 2025 Então penso que estamos no começo de uma oportunidade que vai se tornar ainda maior nos próximos anos. Outra novidade na sua gestão foi a chegada da operação de mais uma marca, da sócia chinesa Leapmotor, com veículos eletrificados importados da China. Quais as suas expectativas sobre esta nova operação? Minha participação foi muito ativa porque o lançamento de uma marca não é algo que se prepara de um dia para o outro. Foram quase dois anos de trabalho. Minha expectativa agora é oferecer uma opção às outras marcas que estão chegando, com as características dos produtos com origem na China, e algo a mais, que é a força, a capacidade e o conhecimento do mercado que tem a Stellantis. Nesse sentido acho que a operação será bastante sinérgica. O senhor já deixou pronto para o seu sucessor o planejamento da operação de produção da Leapmotor no Brasil? A Stellantis montará, mesmo, veículos chineses nas fábricas da América do Sul? Eu tenho a certeza de que o Herlander Zola [agora presidente da Stellantis América do Sul], na hora certa, falará sobre isto. Mas posso falar com transparência que a Stellantis mantém presença muito forte no Brasil, somos brasileiros há cinquenta anos ou mais, então é difícil pensar em uma operação que seja completamente avulsa desse nosso DNA. Em 2024 o senhor anunciou o maior investimento de uma fabricante de veículos no Brasil, de R$ 30 bilhões até 2030, e mais R$ 2 bilhões para a Argentina, que “ Existem muitas oportunidades na região. Por exemplo: com uma marca forte como a Ram podemos ampliar a oferta de picapes. Hoje há pouquíssima produção de picapes de grande porte na América do Sul. Por que não explorar isto?” negócio é ainda maior porque o setor de aftermarket tem relevância muito grande, mas ainda precisa de consolidação. Nessa perspectiva a América do Sul, e o Brasil em particular, representa uma oportunidade comercial de ficar mais próximo do consumidor muito interessante. Globalmente a Stellantis vem fazendo investimentos consistentes na geração de valor por meio da economia circular. Este ano investiu em uma desmontadora de veículos aqui no Brasil. Quais são os objetivos dessa iniciativa e como isso pode evoluir aqui? É uma atividade que está começando, assumindo relevância e vai continuar a crescer, inclusive pelo impulso das regulamentações do Mover. Fazer economia circular ajuda no processo de descarbonização, na sustentabilidade da frota circulante e, também, é uma forma de ficar mais próximo dos consumidores. Uma peça reutilizada com avaliação e certificação da montadora tem valor agregado que pode ser desenvolvido.

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