87 AutoData | Novembro 2025 mente com o motor 1.5 flex aspirado de 126 cv com transmissão automática CVT. Bem equipado desde a opção de entrada, com central multimídia, ar-condicionado digital, câmara de ré e o pacote Honda Sensing de assistência ao motorista, o novo WR-V parte de R$ 145 mil. Para incluir faróis de neblina de LED, bancos e volantes revestidos em couro, carregador de celular por indução, o preço aumenta para R$ 150 mil. PORTE IGUAL, PÚBLICO DIFERENTE Os preços do WR-V, portanto, ocupam agora a faixa de mercado que vai do topo do City Sedan EXL até a entrada do HR-V EX – desconsiderada aqui a versão Touring, mais esportiva e cara. Para Ariel Mógor, gerente de marketing e relações públicas da Honda, o porte não é o principal, pois o WR-V mira público diferente do HR-V. “O WR-V será o primeiro SUV de muitos brasileiros”, aposta, completando que a estratégia de marketing direciona os esforços para jovens, casais sem filhos ou com filhos novos, que usam o carro para viajar. “Por isto o porta-malas maior, por exemplo. O cliente do WR-V fará um uso diferente daquele do HR-V.” Mógor admite que pode haver alguma canibalização dos dois SUVs, mas minimiza. O WR-V é considerado pela Honda um novo carro, que amplia o portfólio e trará novos clientes à marca. TRÊS TURNOS EM ITIRAPINA Para colocar o WR-V no mercado a Honda promoveu a contratação de 350 trabalhadores nas suas fábricas em Itirapina e Sumaré, SP. Na primeira, onde o modelo é produzido, foram acrescentados 250 funcionários que serão integrados até dezembro, para completar dois turnos completos de trabalho. Assim a capacidade produtiva será ampliada em cerca de 20 mil unidades, para 125 mil carros/ano já em 2026. Esta é a estimativa que a Honda faz que o novo modelo trará de acréscimo à produção nacional. De janeiro a setembro, sem o WR-V, foram comercializados 74,6 mil carros da marca, dos quais 45,3 mil foram do HR-V, também montado em Itirapina. Em torno de 10% do volume fabricado lá tem como destino outros mercados, que também receberão o novo SUV. O total de produção estimado para este ano, já com o novo carro em linha, é de 105 mil unidades. Segundo o diretor comercial Marcelo Langrafe a chegada do WR-V promove a maior mudança na planta de Itirapina, inaugurada em 2019: “Temos uma fábrica nova e moderna. Além dos novos funcionários instalamos mais equipamentos, mas o grande reforço foi mesmo a força de trabalho. Passamos agora a operar em dois turnos completos”. Em Itirapina agora são produzidos três linhas de produtos: os City sedã e hatch, WR-V e HR-V. Para apoiar o aumento da produção a Honda também contratou mais cem trabalhadores em Sumaré, onde produz motores e outros componentes. A operação de ambas as fábricas no Interior paulista é abastecida com energia limpa, gerada no parque eólico de Xangri-Lá, RS. Parte relevante do investimento de R$ 4,2 bilhões da Honda no Brasil até 2030 foi aplicada no WR-V, construído sobre a mesma plataforma do City e do HR-V. Outra parte dos recursos está sendo aplicada no desenvolvimento da tecnologia híbrida flex. Sem revelar datas Langrafe disse que o trabalho vem sendo conduzido e chegará ao mercado “na hora certa”. Em paralelo a Honda expande sua rede de concessionárias, hoje com 210 casas: “Estamos abrindo lojas onde identificamos demanda”.
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