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15 AutoData | Dezembro 2025 conjuntas em desenvolvimento e produzimos veículos das marcas dos dois grupos na fábrica de Busan. A segunda é a sociedade na Horse Powertrain, hoje um dos maiores fabricantes mundiais de motores a combustão e sistemas híbridos, de propriedade da Renault, da Geely e da Aramco [estatal petrolífera da Arábia Saudita]. Todos os motores utilizados hoje pela Renault e pela Geely são da Horse. Esta parceria nos permite ter escala para continuar investindo na transição energética, não só em carros elétricos mas, também, em soluções de combustão mais eficientes, híbridos e combustíveis sintéticos. E a terceira parceria das duas empresas agora é no Brasil, em que a Geely entra como acionista da Renault do Brasil e passamos a ser a Renault Geely do Brasil. Esta união nos permite alavancar capacidades industriais e comerciais, pois podemos utilizar todo o ecossistema já consolidado da Renault no País para as duas marcas, que são complementares com diferentes tecnologias para atender demandas e interesses de clientes distintos. Vamos falar mais sobre isto no evento do dia 18 [de novembro], mas posso adiantar que esta parceria nos permitirá produzir carros de zero e baixas emissões no complexo industrial de São José dos Pinais, para as duas marcas. [Nota da Redação: após esta entrevista, em 18 de novembro Renault e Geely anunciaram investimento conjunto de R$ 3,8 bilhões para produzir veículos das duas marcas na fábrica de São José dos Pinhais, PR. Leia reportagem nesta edição.] O que restou da Aliança Renault-Nissan? Na América Latina ainda existem projetos conjuntos? A Aliança existe. Houve uma mudança nos últimos dois anos na participação acionária da Renault na Nissan, que foi sendo reduzida para se equilibrar com a participação que a Nissan tinha na Renault. Hoje não somos mais um mesmo grupo econômico devido a esta redução de participação, mas compartilhamos tecnologias e projetos. Recentemente a Geely adquiriu 26,4% da Renault do Brasil. E o senhor foi nomeado presidente desta nova corporação. O que vai mudar? O que estão planejando fazer juntos? É importante recapitular que tudo isso está se desenrolando desde o começo deste ano [quando foi anunciada a parceria comercial das duas empresas no mercado brasileiro, com uso pela Geely de recursos logísticos e de rede de concessionários da Renault]. São duas empresas que sabem e gostam de trabalhar em parcerias. A Renault fez isso durante toda a sua história, a mais recente com a Nissan, que já dura mais de trinta anos. A Geely é um grupo muito mais recente mas também trabalha muito com aquisições e parcerias [a companhia de capital chinês privado é dona das marcas de veículos Geely, Volvo, Polestar, Zeekr, Lynk & Co, Farizon, Lotus e London Electric Vehicle Company, antiga Manganese, fabricante dos táxis pretos de Londres]. Com eles já temos duas iniciativas consolidadas: a primeira foi a parceria na Coreia do Sul, onde a Geely também entrou no capital da Renault, temos plataformas

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