20 Dezembro 2025 | AutoData EVENTO AUTODATA » CONGRESSO PERSPECTIVAS E TENDÊNCIAS 2026 componentes, mesmo quando apenas alguns itens não têm similar nacional, permitindo que peças que poderiam ser produzidas localmente sejam importadas com benefícios fiscais. “Os ex-tarifários têm de ter um prazo de validade. Alguns foram concedidos há décadas. Que estímulo vai dar para desenvolver um fornecedor local? Zero”, questionou Sahad. O presidente do Sindipeças esteve recentemente no Japão com fabricantes de autopeças de segundo e terceiro níveis de fornecimento [tier 2 e tier 3] com proposta para que se use o Brasil como base de produção para aproveitar a matriz energética limpa, reduzir emissões de carbono e ganhar competitividade para exportação: “Eles não têm de construir e se adaptar às regras do País, à cultura, desenvolver cadeia de clientes. Isso já está lá. Eles têm de levar tecnologia, máquinas, processos e algumas pessoas para gerenciar isto”. Do lado brasileiro as empresas teriam uma subida de nível tecnológico com muito mais rapidez e custo menor: “As montadoras poderão nacionalizar componentes que hoje elas importam e aumentar o índice de localização”. LIDERANÇA EM DESCARBONIZAÇÃO O País leva vantagem mundial por ter maior previsibilidade e facilidade para levar adiante a transição energética automotiva, destacou Calvet: “O Brasil sempre foi visto como um país da imprevisibilidade, da instabilidade. Hoje no mundo, talvez, seja o mais previsível e o mais estável”. Sahad reforçou esta percepção: “O [presidente dos Estados Unidos Donald] Trump começou a mudar todo o regramento para elétricos. Na Europa eles não sabem se continuarão, de fato, só com elétricos, se vão para combustão, se ficam nos híbridos. Uma dúvida total”. O presidente da Anfavea lembrou que o Brasil já tem a menor pegada de carbono do setor automotivo global: “Conseguimos fabricar veículos e autopeças com a menor pegada de carbono. Temos matriz elétrica 90% renovável e matriz energétiBruno Plattek de Araújo, do BNDES Adcley Souza, da Assobens, Mauro Saddi, da Assobrav, Marcelo Cyrino, da Fenabrave, e Márcio Stéfani, de AutoData (da esq. para a dir.)
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