22 Dezembro 2025 | AutoData EVENTO AUTODATA » CONGRESSO PERSPECTIVAS E TENDÊNCIAS 2026 sos que já supera R$ 10 bilhões, mais do que o dobro dos três anos anteriores. Bruno Plattek de Araújo, gerente do Departamento de Indústrias Intensivas em Tecnologia e Conectividade do banco, apresentou este desempenho durante o congresso. Os investimentos estão fortemente alinhados com a política de neoindustrialização do governo federal. Do valor total aprovado pelo menos R$ 2 bilhões estão destinados especificamente a projetos de modelos híbridos, bem como o desenvolvimento de novos veículos e máquinas agrícolas a etanol. “Estamos muito em contato com as empresas. Além da Volkswagen outras estão fazendo financiamento pelo Programa Mais Inovação para desenvolvimento de tecnologias híbridas, ligadas à descarbonização.” O BNDES lançou chamada para centros de P&D que recebeu mais de R$ 1 bilhão em propostas do setor. Mantém ativo o FNDIT, Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico, vinculado ao Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, que gerencia cerca de R$ 600 milhões anuais para projetos de P&D automotivo com recursos não reembolsáveis. Também oferece linhas de crédito para a produção de componentes para veículos elétricos, especialmente baterias. “Aprendemos com os principais industriais, com o Sindipeças e com a Anfavea, que o futuro, aqui, passa pelo uso da bioeletrificação. É o carro elétrico que também usa biocombustível.” Já o financiamento de veículos pesados a juros subsidiados via Finame, historicamente um dos grandes atrativos do BNDES que chegou a responder por 70% das vendas, hoje tem penetração limitada com taxas de mercado baseadas na TLP, taxa de longo prazo. CRESCIMENTO MODERADO Embora o efeito direto da redução lenta e gradual da taxa Selic nos financiamentos seja pequeno o efeito psicológico do recuo dos juros atrai novamente o consumidor ao mercado, relatou Mauro Saddi, presidente da Assobrav, que reúne os concessionários Volkswagen. Ele projeta 2,6 milhões de veículos vendidos este ano e 2,7 milhões em 2026. Marcelo Cyrino, vice-presidente da Fenabrave, trouxe dados mais conservadores, revelando que a projeção inicial da entidade de crescimento do mercado em 2025, de 5%, foi revista para 3% e pode terminar em zero a zero. As principais causas desta frustração não são apenas econômicas, mas regulatórias: “A lei do marco das garantias não foi implementada de forma efetiva pelas financeiras e pelos Detran, o que impediu o aumento esperado nas aprovações de crédito”. Ciro Possobom, da Volkswagen Evandro Maggio, da Toyota
RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=