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24 Dezembro 2025 | AutoData EVENTO AUTODATA » CONGRESSO PERSPECTIVAS E TENDÊNCIAS 2026 “Em janeiro voltaremos a produzir os motores flex por aqui, assim como os SSV [de combustão interna]. Hoje os veículos estão sendo equipados com motores de fora. Tivemos ajuda das fábricas do Japão, da Indonésia, da Turquia e da Tailândia para moldar componentes e montar peças que pudessem ser usadas na produção deste motor.” O executivo contou também que fornecedores da Toyota no Japão estão exportando peças para a filial brasileira. A transferência de toda a produção da unidade de Indaiatuba, SP, para Sorocaba, SP, está mantida e o início da produção na nova fábrica ocorrerá no segundo semestre do ano que vem. STELLANTIS JOGA O JOGO CERTO Com R$ 32 bilhões aplicados no Brasil e na Argentina deste ano até 2030, sendo 93% do valor destinado à operação brasileira, a Stellantis realiza seu maior ciclo de investimentos da história na região. Fernando Scatena, CFO do grupo, apresentou a distribuição dos recursos: R$ 14 bilhões em Betim, MG, R$ 13 bilhões em Goiana, PE, R$ 3 bilhões em Porto Real, RJ, e R$ 2 bilhões em Córdoba, Argentina. “Nos últimos seis anos eles [fabricantes com origem na China] deixaram de ser um player irrelevante, com menos de 1% das vendas, para uma fatia de quase 9% do mercado brasileiro. Mas, no mesmo período, a Stellantis também cresceu mais de 9 pontos porcentuais, demonstrando que está jogando o jogo certo.” A revolução da eletrificação já mostra números concretos no Brasil: os carros elétricos e híbridos representam atualmente 13% do mercado. A projeção é ambiciosa: “Até 2030 venderemos mais carros eletrificados do que carros puramente a combustão”. O grupo desenvolveu plano completo de eletrificação adaptado ao mercado brasileiro, com portfólio desde híbridos leves até os totalmente elétricos. Scatena concluiu: “Não tenham dúvidas de que os carros mais acessíveis continuarão a ser relevantes em nosso mercado”. CHINESAS ESTUDAM PRODUÇÃO Recém-chegadas ao País as marcas Omoda Jaecoo, por aqui desde abril, e GAC, desde maio, estimuladas pelo mercado de eletrificados em crescimento, não descartam a produção local. De acordo com Leonardo Aredias, diretor de pós-vendas e atendimento ao cliente da Omoda Jaecoo, “no ano que vem o plano é ter fábrica no Brasil, talvez no segundo semestre. Existem ideias na mesa, não sabemos se será CKD, SKD ou se fábrica própria. O mais importante é o compromisso com a produção local. É um passo natural para nós”. A meta da Omoda Jaecoo é chegar a noventa concessionárias no ano que vem e emplacar 50 mil unidades: “Hoje vendemos média de 1 mil carros por mês, somando 6 mil até o momento e, no ano que vem, a meta é chegar a 2,5 mil por mês. Em 2026 haverá três lançamentos, sendo dois deles de volume”. A GAC, por meio de seu diretor de marketing, Luiz Fernando Guidorzi, vê necessidade de, primeiro, alcançar volume para depois apostar na produção local: “O plano é ter fábrica no Brasil. Quando e se teremos espero que em breve possamos anunciar. Sempre pensaremos o que for melhor para a cadeia”. A GAC vendeu 3 mil carros no Brasil nos últimos três meses e estabeleceu parceRicardo Alouche, da VWCO

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