Ônibus e Vans 2020
meio de cartões de benefícios, aos proprietários na compra de veículos commenos de dez anos ou zero quilômetro. Ainda haverá depreciação acelerada, isenção de IPVA e descontos em se- guro. Bisi comemora: “Isto poderá animar o setor, porque o objetivo é criar mercado”. Para ele o Frota Verde poderia ser solução para postergar a adoção do programa de mo- torização Euro 6, que repercutirá em aumento de custos à indústria pelo desenvolvimento da tecnologia e de aquisição às operadoras.:“É mais lógico retirar veículos com tecnologia defasada do que obrigar novos aportes nummomento difí- cil como este. A introdução de umveículo Euro 5 no mercado pode representar, ambientalmente, a retirada de até dezoito com Euro 3 ou zero”. EXPECTATIVA DE QUEDA: 35% A produção de carrocerias de ônibus no Brasil deve retornar, este ano, ao nível da crise de 2016 e 2017, totalizando algo de 14 mil a 15 mil unidades. O volume representa recuo de 35% com relação ao que foi consolidado no exercício passado, que chegou a 22,1 mil carrocerias. A projeção feita pela Fabus não inclui as unidades produzidas para o programa Caminho da Escola. De acordo com a entidade a retração do pri- meiro semestre foi de 31%, decorrência direta da pandemia e fortemente concentrada em abril, que apurou perda de 61%, teve férias coletivas e paradas das montadoras de chassis: “Começa- mos o ano bem, como era imaginado, com alta de 9% no bimestre. Veio a pandemia e derrubou todas as projeções”. Bisi lembra que o ano representaria a conso- lidação da retomada do setor, que passou 2015, 2016 e 2017 com produção média de 14 mil a 17 mil. Nos dois anos seguintes os volumes soma- ram em torno de 20 mil e 22 mil: “Para 2020 se calculava de 24 mil a 25 mil”. No primeiro semestre as oito marcas pro- duziram 7 mil 549 unidades, com queda mais expressiva no mercado interno, de 47%. Na avaliação da Fabus a retomadamais efetiva do setor se dará assimque as empresas elevarem a receita e alcançaremequilíbrio financeiro, até por força da necessidade de renovar a frota, que está envelhecendo em razão das sucessivas crises: “A restrição para a movimentação das pessoas é mundial. No segmento urbano a redução de passageiros oscila de 40% a 60%”. “A passagem é cara porque poucos pagam. Hoje um assalariado destina 15% do que ganha para pagar o transporte urbano e precisamos reduzir este índice para 6%. A tarifa precisa ser 30% menor. Só assim teremos competitividade diante dos aplicativos e demais sistemas.” Ruben Bisi, presidente da Fabus 13 AutoData | Setembro 2020
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