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20 Abril 2019 | AutoData ANIVERSÁRIO » 100 ANOS 353, de março, emmeados de 2021 a Ford lançará novo modelo que substituirá ao mesmo tempo Ka e Fiesta no mercado, com versões hatch e sedã, conhecidos até agora pelos códigos B680 e B680S. Estes carros serão produzidos apenas em Camaçari, assim como o novo Ecosport, código BX563, em 2020, e um novo SUV, BX755, em 2022. Assim o Fiesta deixaria de ser produzido no Taboão de qualquer forma, o que igualmente de qualquer for- ma encerraria a produção de automóveis na fábrica. Além disso em 2015 a Ford encerrou ciclo de investimentos de R$ 2 bilhões em Camaçari para elevar sua capacidade produtiva ali de 250mil unidades/ano para 300mil unidades/ano. Um ano antes inau- gurou no mesmo complexo uma fábrica de motores de R$ 400 milhões. Segundo estudo ao qual AutoData teve acesso com exclusividade a previsão da Ford é a de que os volumes de vendas dos novos compactos emversões hatch e sedã não superemde forma estrondosa os números atuais de Ka, Ka Sedan e Fiesta somados, dada a estabilidade da partici- pação dos compactos no total das vendas e os lançamentos da concorrência até lá. Comportamento semelhante se es- pera do desempenho comercial do novo Ecosport e do futuro SUV, em particular pelo ataque de todos os lados, por todas as montadoras, neste segmento particular de mercado. A estratégia aqui parece ficar bastante clara: o que a Ford pretende é levar ao máximo a utilização da capacidade de Camaçari. Desta forma o planejamento aponta saltar o índice dos atuais 70% para algo muito perto de 100% até 2023, consi- derando todo o futuro portfólio que será ali produzido, que somaria, ao todo, algo em torno daquelas 300 mil unidades, destina- das ao mercado interno e à exportação, em particular Argentina. Alémdisso estes três modelos emqua- tro carrocerias dividirão uma única plata- forma, que não será inédita mas apenas aperfeiçoada, a B2E, que já serve de base para os atuais Ka, Fiesta e Ecosport. Assim a Ford faria 300mil unidades/ano em 2023 em uma única plataforma e em uma única fábrica, o que do ponto de vista da racio- nalização produtiva faz muito sentido – e some-se a isso as vantagens fiscais de Camaçari, inexistentes no Taboão. DE QUARTA PARA NADA Sobrariam, assim, os caminhões. Se- gundo informações de fontes da indús- tria a operação de caminhões representa, dentro do universo Ford Brasil, cerca de 15% do total de seu faturamento. E aqui sim o prejuízo também em ter- mos de participação de mercado pare- ce maior: pelos cálculos da Fenabrave a Ford fechou 2018 com 12,2% do mercado total, em quarto lugar, aos 9,3 mil empla- camentos. O F-350 foi o segundo semileve mais vendido em 2018, com 1 mil unidades. O Cargo 816 ficou em quarto nos leves, com 1,7 mil, e o F-4000 logo atrás em quinto, 1,3 mil. O Cargo 1119 também foi vice nos Ka e Fiesta serão substituídos ao mesmo tempo por um novo compacto a ser produzido em Camaçari. Taboão, assim, já deixaria de fabricar automóveis

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